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Projeto Impulso: um pouco mais sobre os vencedores
Publicado em 17/06/2019

A trajetória destacada — e promissora — de Mulamba, Romero Ferro e Canto Cego, os três escolhidos para participar da iniciativa de mentoria, capacitação e networking promovida pela UBC

Do Rio

A pouco mais de duas semanas para o início oficial das atividades do Projeto Impulso, a expectativa é grande. No início de julho, durante o evento UBC Sem Dúvida, no Rio, os três projetos escolhidos se encontrarão com os curadores/mentores que os ajudarão nessa caminhada de um ano pelo desenvolvimento das suas carreiras. As primeiras metas deverão ser traçadas, e os mentores bolarão estratégias para ajudar os artistas a avançarem um importante passo em suas carreiras.

Enquanto isso, apresentamos um perfil de cada um dos três selecionados: o cantor Romero Ferro, de Garanhuns (PE); a banda Mulamba, de Curitiba; e a banda Canto Cego, do Rio de Janeiro.

Romero Ferro

Dono de uma voz e de um discurso — contra os preconceitos de origem, gênero, sexualidade — superafinados, esse jovem cantor e compositor de Garanhuns (PE) se apropriou de um estilo musical desprezado por certa intelectualidade, o brega, para ressignificá-lo unido ao indie pop e ao new wave. As referências estéticas deste criador que vai ficando conhecido nacionalmente em reportagens de jornais e revistas, além de participações em programas como “Encontro com Fátima Bernardes” (TV Globo) e “Sem Censura” (TV Brasil), são variadas, de Reginaldo Rossi a Kraftwerk, de Marina Lima aos Beatles e ao Queen. A androginia dos vocais, a dor, os amores e desamores do bolero, como ele descreve, povoam as letras e canções que já lhe renderam indicações ao Prêmio da Música Brasileira, em 2017 (melhor cantor), o prêmio SIM SP/Spotify 2018 e centenas de milhares de visualizações de seus clipes em sites como o YouTube. 

“Para mim, é uma honra participar do Impulso, estou em um momento da minha carreira no qual todo esse processo vai ser muito positivo e proveitoso. A maioria dos mentores são profissionais que eu já admiro, estar ao lado deles vai ser, no mínimo, enriquecedor. Quero usar tudo isso a favor do meu trabalho e das bandeiras que eu levanto e nas quais acredito, para crescer e se consolidar ainda mais! Sou um artista que acredita muito na construção, no passo a passo. Com certeza a UBC vai somar muito em mais esse passo importante”, ele diz.

 

Mulamba 

Foto de Luciana Petrelli

Juntas desde dezembro de 2015, as meninas que formam o sexteto têm uma meta clara: buscar um maior protagonismo feminino na música brasileira, ainda tão desigual em questões de gêneroAmanda Pacífico (voz), Cacau de Sá (voz), Caro Pisco (bateria), Érica Silva (baixo, guitarra e violão), Fer Koppe (violoncelo) e Naíra Debértolis (guitarra, baixo e violão) chegaram fazendo barulho e, com potências sonora e técnica muito evidentes, tiveram grande repercussão no YouTube com seu clipe/manifesto “P.U.T.A.”, uma denúncia contra a violência de gênero. Integrantes do projeto “Escuta as Minas”, do Spotify, pela merecida visibilidade da mulher como compositora e voz ativa na cadeia musical, elas tiveram seu primeiro álbum de estúdio, “Mulamba”, incluído na lista dos melhores de 2018 da APCA, a Associação Paulista de Críticos de Arte. Com passagens por festivais como Psicodália (SC), Soma Sonora (SP) e O Vento (SP), além de participações em programas de TV como “Saia Justa” (GNT), têm tido apresentações lotadas e unânimes aplausos da crítica em passagens por lugares como o Sesc Pompeia (SP) e o Circo Voador (RJ). 

“Participar do Impulso significa conhecimento. A Mulamba, com apenas três anos de estrada, ganha um presente da UBC em 2019. Ganha mais autonomia, ganha a confiança de produtores musicais, empresários, gestores, jornalistas... Ganha mais um ano de vida e mais um ano de experiência dentro do mercado musical”, elas celebram.

 

Canto Cego 

Foto de Karen Tribuzy

Na melhor tradição do BRock, esse quarteto da comunidade da Maré, no Rio, dá grande valor à palavra. Contribui para isso a formação da vocalista Roberta Dittz como poeta, e as letras cantadas ou recitadas durante o espetáculo, permeadas pelo conjunto roqueiro dos músicos — Ruth Rosa (bateria), Magrão (baixo) e Rodrigo Solidade (guitarra) — dão uma aura especial, onírica, aos espetáculos. Surgidos em 2009, foram convidados para o festival de Montreux, na Suíça, em 2015. Já fizeram turnê europeia e colecionam prêmios como o primeiro lugar no Festival da Música Brasileira de 2012 e o primeiro lugar no Planeta Rock de São José do Rio Preto (SP), em 2014, além de apresentações em casas de shows importantes do Rio, como Circo Voador, Teatro Rival e Imperator, ao lado de Detonautas, Supercombo, Cordel do Fogo Encantado, Ira!, Fresno, Johnny Hooker e Mahmundi. O grande passo nacional virá em setembro: a Canto Cego foi a primeira banda anunciada para se apresentar no Palco Favela, que estreia nesta edição do superfestival Rock in Rio. 

“O Projeto Impulso com certeza vai ser uma grande oportunidade de ampliar as ações na nossa carreira. Ter o apoio de profissionais do mercado que possam nos passar uma visão mais distanciada do que é nosso projeto vai ser crucial nas nossas decisões e desafios futuros. Estamos muito honrados de estar entre os vencedores. Há muito tempo trabalhamos por oportunidades como essa”, afirma Roberta.

LEIA MAIS: Como foi o processo seletivo


 

 



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