Instagram Feed

ubcmusica

No

cias

Notícias

6 formas de usar o celular para dar um gás na sua carreira musical
Publicado em 27/02/2020

Aplicativos gratuitos ajudam a não esquecer aquela ideia incrível, gravar, falar com fãs e até conferir seus rendimentos; confira uma lista deles que nós reunimos!

Por Ricardo Silva, de São Paulo

A gente já não desgruda mesmo dele. Por que não usar o celular, então, para administrar aspectos variados da carreira musical? O aparelho que não sai das mãos dos brasileiros por mais de 4 horas diárias, em média — o que nos coloca em quinto lugar mundial entre as nações mais viciadas nele, segundo a consultoria global App Annie —, de fato pode ser uma mão na roda no dia a dia do músico e compositor. 

De anotar ideias para uma nova canção e gravar a música em si a interagir com fãs e seguidores nas redes sociais e acompanhar rendimentos no streaming e na execução pública, confira as seis funções que nós elencamos e que são simples de usar. 

1 – Nunca perder uma boa ideia

Dois aplicativos nativos nas principais marcas de celulares, como Apple, Samsung, Huawei e LG, por exemplo, substituem bem o velho bloquinho de notas físico. Bateu a inspiração na rua e não quer perder uma boa ideia? Use o aplicativo de Notas para escrever um trecho que tenha lhe vindo à cabeça. Se quiser cantarolar uma nova melodia, o gravador é perfeito. 

Mas há quem já tenha guardado uma ideia até com a ajuda do aplicativo de vídeos, como o cantor e compositor Wado, catarinense radicado em Maceió. “Eu ainda uso cadernos de notas, mas também posso recorrer aos aplicativos e ao que estiver na mão. Minhas anotações funcionam como um índice de ideias. São indispensáveis no meu processo criativo”, descreve ele, que, em 2018, reuniu 17 anos de notas e comentários e lançou tudo num livro, “Água do Mar nos Olhos”, pela editora Imprensa Oficial Graciliano Ramos. 

2 – Gravar, editar, mixar

Se o aplicativo de gravador nativo serve para um registro de voz simples, existem apps que se propõem a trazer soluções muito mais sofisticadas. Gratuito, o n-Track Studio DAW 9, oferecido nas plataformas iOS (iPhone) e Android, conta com comandos para gravar diferentes instrumentos, como violão, baixo, bateria, guitarra ou teclados. Tem suporte para MIDI e microfones profissionais, permite a gravação em diferentes canais e dispõe de uma coleção bem decente de recursos de edição e mixagem. Segundo seus desenvolvedores, se usado num ambiente totalmente silencioso, equivale a um “verdadeiro estúdio portátil”. Outro app de gravação, que oferece bem menos soluções mas é mais facilmente operável por músicos e produtores iniciantes, é o Figure. Disponível no sistema iOS, tem sintetizadores nativos, permite mudanças nos tempos e BPMs, a adição de vários efeitos e traz recursos razoáveis de edição. É voltado para a produção de música eletrônica — beats, sobretudo — mas também dá caldo em outros gêneros. 

Para gravar e editar voz com “qualidade de estúdio”, outra vez segundo seus desenvolvedores, há outros dois aplicativos que vão muito além do nativo de voz dos celulares. São eles o Easy Voice Recorder, disponível unicamente no sistema Android; e o Voice Recorder & Audio Editor, no iOS. Ambos bem intuitivos e com interface suficientemente fácil para permitir seu uso por novatos. Uma vantagem é poder exportar o arquivo em diversos formatos, não só mp4. 

3 – Distribuir sua música

Como a gente já contou na Revista UBC, o projeto piloto do Spotify que permitia aos próprios artistas — pequenos, do rock e de certas zonas dos Estados Unidos — subir suas músicas diretamente na plataforma foi descontinuado. Então, os agregadores ou distribuidores digitais continuam a ser o único canal para emplacar suas obras nas plataformas de streaming, onde todo mundo quer estar hoje em dia. Pelo menos duas das grandes do setor em nível mundial, Altafonte e Amuse, têm apps. 

Neles, além de subir músicas e obter suporte da equipe técnica dos distribuidores para tirar dúvidas sobre todas as etapas do processo de distribuição juntos às plataformas de streaming, é possível acompanhar os valores ganhos com direitos fonomecânicos e saber onde e quando sua música toca e quanto exatamente ela rende.

Dois “inconvenientes” para os usuários do Brasil: a espanhola Altafonte mantém o aplicativo em espanhol; e a Amuse, em inglês. Ambos os apps estão disponíveis na Google Play Store e na App Store da Apple. 

LEIA MAIS: Qual o melhor distribuidor digital com plataforma própria no Brasil?

4 – Saber detalhes de como sua música performa no streaming

Os dois maiores serviços de streaming do mundo, Spotify e Apple Music, têm aplicativos bastante potentes com informações extremamente detalhadas para os artistas. Em ambos, é possível ver exatamente onde a música toca, quanto cada stream rende e até elencar algumas informações sobre o perfil dos ouvintes, o que pode ajudar a planejar lançamentos e estratégias de turnês e ações especiais em determinadas regiões ou cidades. 

Quem contou para a gente na UBC, há algum tempo, que é uma consumidora voraz do Spotify for Artists, o app específico para quem tem perfil de artista na plataforma, foi Marisa Monte. “Uso demais. Fico impressionada com a quantidade de detalhes que eles têm. Quem ouve, onde ouve, a que hora, que músicas fazem mais sucesso por região... Com esse tipo de informação, dá para saber o que potencialmente vai agradar, onde e a que tipo de ouvinte. A tecnologia tem dessas vantagens”, enumerou a artista. 

De modo similar, o Apple Music for Artists também fornece estatísticas detalhadas aos titulares das músicas. Além disso, integrado ao aplicativo de identificação de músicas Shazam, o Apple Music for Artists permite saber quem “deu um Shazam” em músicas suas, quais bombaram mais e onde foram feitas as consultas. 

5 – Publicar vídeos, interagir com os fãs

Essa é básica. Quem está “no mundo”, hoje, está nas redes. Não seria diferente com quem compõe e cria música. Todas as principais redes sociais têm versões para aplicativos: Instagram, Facebook, Twitter e o YouTube, maior plataforma de publicação de vídeos do planeta. Procure por elas nas lojas de aplicativos do seu celular.

Não custa lembrar que cada uma dessas redes tem uma linguagem e uma função próprias. “O Instagram tem uma função dupla hoje em dia para um artista da música. O feed de notícias seria uma espécie de tradução visual de um projeto ou de um momento do artista, mudando a cada lançamento, a cada fase. É como os encartes dos discos de vinil ou dos CDs. Ferramentas como o carrossel, o stop-motion e os vídeos permitem a criação de uma narrativa multimídia nesse feed. Já o Stories seria a parte reality-show da coisa, refletindo o dia a dia do artista. Lá, ele pode publicar um making-of, um momento de estúdio, um momento de composição”, diz Igor Fidalgo, da agência de branding Neon Mind. 

Facebook e Twitter permitem, respectivamente, compartilhar lançamentos de uma forma mais “institucional” e dar informações rápidas aos fãs sobre turnês ou novos projetos. Em 2018, publicamos aqui no site uma reportagem com dicas extraídas dos manuais de Facebook e Twitter para músicos, nas quais ambas as redes ensinavam a usar da melhor forma seus recursos. Releia!

6 – Conhecer seus rendimentos de execução pública

É associado da UBC? Então é fácil. Basta baixar o nosso aplicativo e se cadastrar para ter informações detalhadas sobre seus rendimentos com execução pública. Lá tem extratos, gráficos que permitem uma apreciação bem visual do total recebido em diferentes períodos, divisão por segmentos de arrecadação e distribuição, além da carteira de associado em versão digital e notícias sobre o mercado. Recentemente, o app ganhou atualização e melhorias de desempenho e desenho.

O aplicativo da UBC está disponível na AppStore e na Google Play Store

LEIA MAIS: 6 formas de bombar o lançamento da sua música


 

 



Voltar