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Casuarina lança disco com participação de Maria Rita
Publicado em 12/05/2016

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Produzido pelo próprio quinteto, o álbum ‘7’ tem 13 canções e foi parcialmente gravado em estúdio numa fazenda no interior de São Paulo

Por Fabiane Pereira, do Rio/ Fotografia de João Felipe Severo

Começou no início de maio, no site da Discole, a pré-venda do novo disco do Casuarina, “7”. O sétimo trabalho do grupo é todo autoral. As 13 faixas são assinadas ao menos por um de seus cinco integrantes, individualmente ou com os parceiros Moacyr Luz, Aluísio Machado, Sérgio Fonseca, João Martins e Alaan Monteiro. A cantora paulista Maria Rita faz dueto com João Cavalcanti em “Eu Já Posso Me Chamar Saudade”, primeira composição de João com Moacyr. “A Matemática do Amor” é o samba inaugural da dupla Gabriel Azevedo e Aluisio Machado - compositor da velha guarda do Império Serrano e autor de “Minha Filosofia”, um dos grandes sucessos do grupo.

VÍDEO: João Cavalcanti, do Casuarina, deixa um recado exclusivo para os leitores do site da UBC
 


Produzido pelo próprio quinteto, o CD foi gravado por Henrique Vilhena e Gustavo Krebs em fevereiro de 2016, em imersão de quatro dias na Gargolândia, estúdio de Rafael 'Garga' Alterio localizado em uma fazenda no interior de São Paulo. A exceção é para a faixa “Queira ou não queira”, que já virou hit, gravada na Tenda da Raposa, no Rio de Janeiro, e lançada como single em dezembro de 2015.

As gravações aconteceram nos dias que antecederam o embarque do grupo carioca para uma temporada de dois meses por Estados Unidos e Canadá ao lado do cantor e violonista jamaicano Brushy One String e da cantora haitiana Emeline Michel.

Como sou fã da banda há anos, pedi ao João Cavalcanti mais informações sobre este trabalho que vem após o bem-sucedido DVD “Casuarina: 10 anos de Lapa”, gravado num show que reuniu 50 mil pessoas no mais boêmio bairro carioca e o ótimo disco “No Passo de Caymmi”.

Quanto tempo levou e como foi o processo artístico/criativo do álbum “7”?
João Cavalcanti: Nós já estávamos há cinco anos sem lançar um álbum de estúdio de inéditas. Então, de alguma maneira, o processo criativo tem mais ou menos esse tempo, já que “7” é o registro do que há de mais adequado e urgente entre as composições que criamos de 2012 para cá. Mas compor foi só o início de um processo bastante intenso, que incluiu formação de repertório, arranjo, reformulação da banda, escolha do processo de gravação e dos paradigmas de mixagem, coisas que se deram em um período bem mais curto, de cinco meses para cá, e que mudaram bastante a maneira como o Casuarina soa.

Vocês já estão juntos há mais de uma década. Ainda têm dificuldades para escolher o repertório de um novo disco? Muita coisa ficou de fora de “7”?
Na verdade já são quase 15 anos! A cada novo álbum são menores os conflitos e maiores os consensos. Isso é um resultado natural de uma banda longeva como a nossa: as querências vão se afinando e convergindo. Se não me engano, escolhemos as 13 canções do disco de um universo de 25. E, para selecioná-las, não perdemos de vista a beleza e a urgência das canções em si, mas também observamos o álbum como um todo e avaliamos como essas peças ocupam os espaços no quebra-cabeça para formar um disco o mais coeso possível.

Maria Rita participa do disco na faixa composta por João e Moacyr Luz. O Casuarina já dividiu o palco com a cantora algumas vezes. Ela já conhecia a música?
Pois é, temos tanto carinho e confiança mútuos que ela foi lá na Gargolândia sem ter ouvido a música, acreditando no nosso critério. Desde que terminei a letra desse presente que Moacyr me deu, comecei a imaginar a Maria cantando-a. Maria é uma das cantoras mais sensíveis, precisas e inteligentes da minha geração, sem dúvida, e se apropriou dessa música de uma forma absurdamente assustadora. Gravamos ao mesmo tempo, sem marcações, em take único. E não usamos nenhum recurso de pós-produção de voz (afinação, edição etc.) na faixa, para imprimir ao máximo o ambiente da gravação. Foi muito intenso e genuíno.


 


 

 



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