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'Persigo sempre a diversidade, correr riscos. Preciso disso'
Publicado em 21/09/2016

Djavan comenta seu processo criativo e a turnê “Vidas Pra Contar”, 23º álbum dos seus 40 anos de carreira

Por Fabiane Pereira, do Rio
Fotos por Marcos Hermes

Um dos mais prolíficos compositores da música popular brasileira, Djavan está na estrada desde fevereiro com a turnê “Vidas Pra Contar”, homônima do seu vigésimo terceiro álbum. Além de canções do novo disco, aclamado pela imprensa especializada, o setlist do show inclui os sucessos que fizeram do artista alagoano um dos mais populares do país.

"Só Pra Ser o Sol" é uma das novas canções que nascem hit. Daquelas músicas matadoras, de tocar no rádio a vida inteira (e sempre soando nova), de grudar no ouvido, no melhor estilo "djavaneando".

VÍDEO: Assista ao making of da turnê “Vidas Pra Contar”

Em 2015, Djavan completou 40 anos de carreira e foi agraciado com o Grammy Latino de excelência musical, em homenagem ao conjunto de sua obra. Em seu novo show, é ele mesmo quem assina a direção do espetáculo e ao palco sobe sempre acompanhado dos músicos Carlos Bala (bateria), Jessé Sadoc (flügelhorn, trompete e vocal), Marcelo Mariano (baixo e vocal), Marcelo Martins (flauta, saxofone e vocal), Paulo Calasans (teclados e piano) e João Castilho (guitarras, violões e vocal).

"Existe entre nós, eu e os músicos, um código musical que permite voos para todas as direções, e isto é uma coisa que me ajuda muito, uma vez que persigo sempre a diversidade. Eu acho que a diversidade me impõe estar sempre correndo riscos. Eu preciso disso", conta o músico. 

Cantor, compositor, letrista, guitarrista e arranjador em todas as faixas do novo disco, Djavan, mais uma vez, mostra atordoante diversidade musical, confirmando sua potencialidade criativa.

Conversamos com exclusividade com o compositor de "Flor de Liz", "Lilás", "Se", "Pétala", "Meu Bem Querer", "Oceano", "Fato Consumado"...

Você completou ano passado 40 anos de uma bem-sucedida carreira. Ainda falta algo?

Djavan: Realização, para mim, significa estar sempre envolvido com novos projetos. Ter sempre vontade, impetuosidade de abraçar uma outra coisa. Realmente eu tenho essa volúpia por estar sempre produzindo, sempre fazendo alguma coisa. Portanto  nunca me realizo e tenho certeza de que nunca vou me realizar. Eu quero mesmo é acordar todos os dias com aquela gana de fazer novas coisas.

Você tem um repertório vasto e popular. Se pudesse escolher apenas uma canção para representar suas quatro décadas de sucesso, qual seria e por quê?

Essa é uma pergunta muito difícil... Não sei como responder isso direito, mas o que eu poderia dizer é o seguinte: "Fato Consumado", por exemplo, foi a primeira música que me proporcionou gravar meu primeiro disco de autorais. Então, eu responderia "Fato Consumado" por esta razão.

Como é seu processo de composição? Mudou muito ao longo de 40 anos?

O processo muda sempre porque a gente está sempre buscando novas maneiras de abordar, novos temas, novas harmonias, novas melodias. Ultimamente ele tem sido, mais ou menos, calcado em fazer primeiro a melodia e, depois, a letra. Mas eu já fiz a letra primeiro para, depois, entrar com a melodia. No início da carreira eu fazia os dois juntos, mas nos últimos dez anos eu tenho feito antes a melodia e, só depois, a letra.

Você se lembra do momento em que entendeu que viveria da música e faria dela sua profissão?

Eu não me recordo de outra coisa porque eu estou na música praticamente desde que nasci. Eu não tive que fazer teste vocacional, não tive que ficar naquele empenho de descobrir o que fazer na vida... Foi sempre a música. Fui encaminhado para a música de maneira natural; portanto, nunca pensei em outra coisa.

O que este novo trabalho tem de especial e de diferente dos outros, na sua opinião?

Ele é o último, (no sentido de ser) o mais novo... É esta a resposta (risos).


 

 



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