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Mart'nália celebra 20 anos de carreira com novo álbum
Publicado em 06/01/2017

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"+ Misturado” é o 11º disco de carreira da sambista cuja marca é a inquietude

Por Fabiane Pereira, do Rio

Conhecida pela sua história com o samba, Mart’nália é a inquietude em pessoa. Se é para ficar no mesmo lugar fazendo a mesma coisa, é melhor nem chamar. O negócio dela é mudar, arriscar, misturar. Tanto que, em 2015, rodou o país todo com a turnê ‘Misturado’, em que colocou suas referências estéticas e afetivas na mesma sacola e botou para jogo. O resultado foi um grande sucesso de público e crítica. Agora, em 2017, ela completa 20 anos de carreira e lança seu 11º álbum, “+ Misturado” (Biscoito Fino). Mais do que a diversidade rítmica, a miscigenação explicitada no título do disco reside no amálgama de produtores musicais de escolas e gerações diversas. São seis assinando as 14 faixas: Arthur Maia, Claudio Jorge, Dadi, Humberto Mirabelli, Ivan Machado e Zé Ricardo. “+ Misturado” é leve e solar como a cantora, musicista e compositora carioca, filha do mestre Martinho da Vila.

A faixa que abre o disco, com oito inéditas e seis regravações, é uma deliciosa visita a um clássico do pai, “Ninguém Conhece Ninguém”, do álbum “Meu Laiaraiá” (1970). "Tempo de Estio" (Caetano Veloso, 1977) é outra canção primorosamente produzida e arranjada por Dadi que faz parte do repertório do novo disco da "Nega", apelido carinhoso de T'nália. A gravação desta faixa tem a cara dela: para cima, divertida.

Além das canções já citadas, “+ Misturado” traz uma inédita de Teresa Cristina e Mosquito, “Ouvi Dizer”; a regravação do sucesso “Linha do Equador”, de Caetano Veloso e Djavan; “Sem Dó”, de Rodrigo Lampreia, Beto Landau e Maurício Pessoa; “Eu Te Quero Agora”, de Zé Ricardo; “Libertar”, parceria de Zélia Duncan, Mart'nália, Arthur Maia e Ronaldo Barcellos. Outro destaque é “Melhor Pra você”, de Tom Karabachian (filho de Paulinho Moska) e Cris Sauma. Tem coisa à beça e muita variedade.

Neste sábado (7), Mart'nália subirá às 22h ao palco do Circo Voador, uma das mais emblemáticas casas de shows do Brasil, no Rio de Janeiro, para apresentar seu novo show e abrir a programação 2017 do lugar.  No repertório, além das novas, sucessos que fizeram da sambista uma das artistas mais populares do Brasil, como "Cabide", "Chega", "Entretanto", "Tava Por Aí", "Pra Que Chorar" e "Namora Comigo?".

Entre um ensaio e outro, a UBC conseguiu bater um papo rápido com a artista e divide esta conversa com você.

“Misturado” é seu 11º álbum. O que mudou na Mart'nália do primeiro para esta que completa 20 anos de carreira?

Mart'nália: Nasci assim, Mart’nália: mistura de Martinho com Anália. Meu primeiro LP já era misturado (risos).  O que vale ressaltar é que hoje me sinto mais cantora e compositora. Muito feliz por todas as misturas que já fiz desde o inicio até hoje. Tem vários produtores nessa trajetória. Tem  Rui Quaresma (primeiro LP), tem Ivan Machado, tem Caetano Veloso, Celso Fonseca, Maria Bethânia, Arthur Maia, Djavan… Agora tem Dadi, Zé Ricardo, Claudio Jorge, Mirabelli.

Como foi o processo criativo e artístico deste disco? Seus processos de concepção de um álbum variam muito a cada lançamento?

Fui pegando as canções que recebia, escolhendo e  pensando nos produtores que eu pudesse misturar para fazer um CD bonito, de que eu gostasse. A concepção veio chegando no meio das gravações… Fui escolhendo os sons que faltavam e pinçando as canções, pesquisando. (Ao incluir) as do Lupicínio Rodrigues, por exemplo, pensei nas minhas fãs do Teatro Rival: minhas senhorinhas amadas. E é assim que é (risos).

Já virou tradição no verão do Rio: todo ano, o primeiro show no Circo Voador, uma das casas de show mais importantes do país, é seu. O que o público vai encontrar neste sábado?

Graças a Deus, este é um espaço conquistado não só por mim, mas pelo público que vai lá me dar essa moral (risos). Amoooooo! Eles vão me encontrar mais misturada, mas com “Tava por aí”, “Chega”, “Cabide”, “Ela é Minha Cara” e várias outras músicas conhecidas e gravadas por mim.  


 

 



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