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Alexandre Lima: um longo silêncio
Publicado em 08/02/2017

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Em estado vegetativo há três anos, o músico capixaba, conhecido agitador da cena de Vitória, vive de doações depois de sofrer uma parada cardiorrespiratória pós-cirúrgica

De Vitória

Há três anos, o músico Alexandre Lima, então secretário de Cultura de Vitória e ex-integrante das bandas Mahnimal e Radio Experienza, submeteu-se a uma cirurgia para tratar um delicado aneurisma na aorta. Algo saiu muito mal, e o artista, hoje com 47 anos, teve uma parada cardiorrespiratória, permanecendo longos minutos sem oxigenação. Desde então, o nosso associado, com mais de 140 músicas suas gravadas e reconhecido agitador da cena cultural capixaba, encontra-se em estado vegetativo, sem plano de saúde, numa cara internação domiciliar que exige da família cuidados intensivos e quase R$ 30 mil mensais para pagar profissionais e equipamentos que o mantêm vivo. A classe artística do Espírito Santo e de outros estados tem se mobilizado em eventos beneficentes a fim de conseguir ajuda para Alexandre. Mas as dificuldades são crescentes.

“O primeiro (concerto) foi no aniversário dele em 2014. Vieram Gabriel O Pensador, Claudio Zolli, Cidade Negra, Marcelo Mira, Zé Geraldo... Deu um respiro. A partir disso, outros eventos se organizaram, sempre em função de angariar fundos. O último foi um leilão de arte com renda revertida para o Alexandre”, diz Amaro Lima, cofundador da Manimal, irmão de Alexandre e também associado à UBC. “Atualmente, não há previsão de um outro evento cultural. Nesse meio do caminho, abrimos uma conta-doação no Santander.”

Quem quiser contribuir pode obter mais informações por meio da página oficial “AcordAlex”, no Facebook. A conta corrente para doações é a 01088199-7 da agência 3345 do Banco Santander. “Infelizmente a lei não permite que a prefeitura de Vitória contribua constantemente. Como secretário de Cultura, portanto um cargo comissionado, o meu irmão não tinha status de servidor público”, lamenta Amaro, que relembra o engajamento de Alexandre na recuperação da praia da Curva da Jurema, antes um ponto de drogas e, hoje, um espaço para shows graças a uma iniciativa do músico.

A família processa o hospital e os médicos envolvidos na cirurgia. Está convencida de que houve grave erro durante o procedimento. “Tivemos acesso ao prontuário, reunimos documentos e descobrimos que o médico plantonista demorou para chegar à unidade”, afirmou Amaro ao portal de notícias G1. “Houve várias tentativas de reintubação, sem sucesso. Ele deveria ter feito uma traqueostomia, que só foi feita por um plantonista de outra UTI. Foi este quem recuperou os batimentos cardíacos do Alexandre.”

A direção do Hospital Evangélico de Vila Velha, onde se deu o caso, afirmou em nota que não se pronunciará antes da conclusão do processo judicial movido pela família do músico. Procurado pelo portal de notícias G1, o médico acusado de erro não atendeu a reportagem.


 

 



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