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Fantomaticos lançam terceiro disco, mais rock e autoral
Publicado em 15/03/2017

Banda gaúcha celebra bom momento criativo, com cinco músicos, todos compositores

Por Fabiane Pereira, do Rio
Foto de Fábio Alt/Alt Artes

A banda surgiu em 1999 de forma experimental mas rapidamente ganhou notoriedade na cena alternativa de rock dos anos 2000. Agora, 18 anos depois, os gaúchos Fantomaticos chegam ao terceiro disco, homônimo, mais rock e mais autoral do que os dois primeiros, de 2008 e 2013. Os trabalhos se somam a três EPs e vão construindo uma discografia sólida e que revela um estilo minimalista, perfeito para execuções ao vivo.

Augusto Stern, o guitarrista da banda, acredita que essa proposta mais descontraída e crua se deve à chegada de Rodrigo Trujillo (teclado) e Pedro Petracco (bateria) à banda. “Apesar de o Rodrigo estar conosco desde o lançamento do segundo álbum, foi neste disco que encontramos o novo espírito e a personalidade dos dois no material que produzimos”, explica.

Entre os primeiros acordes e a finalização do álbum passaram-se apenas dez meses, pois quase todas as canções foram testadas ao vivo, durante os shows. “Isso nos ajudou a ter um retorno mais rápido sobre o que poderia funcionar melhor”, conta Fernando Efron, integrante da Fantomaticos. O curioso é que algumas faixas que entraram no disco foram compostas há mais de 15 anos, enquanto outras surgiram no estúdio, durante o processo de gravação.

Conversamos com Augusto Stern para saber mais sobre a história da banda e seus planos para este ano. E, pelo que diz o guitarrista, eles são grandes: “estamos no nosso momento mais produtivo”.


O que há de diferente entre a banda que surgia em 1999 e a que, em 2017, lança seu terceiro álbum?

Augusto Stern: É um sentimento duplo. Por um lado, parece ser uma banda totalmente diferente: mudaram os integrantes (exceto eu e o Fernando), a banda amadureceu e tem hoje um som próprio. Mas também, em alguns aspectos, vivemos um momento tão fluído e relaxado que eu sinto como se fôssemos aqueles mesmos de 99, cheios de novas idéias. Musicalmente, houve um progresso importante. Agora temos cinco músicos que são também compositores, então é mais fácil chegar aonde queremos. Também destaco o fato de que, desde 2012, conseguimos manter um trabalho contínuo, com diversos lançamentos e uma sequência boa de shows, ao passo que a fase inicial da banda, de 99 até 2007, mais ou menos, foi marcada por interrupções e trocas de integrantes.


O que uma música precisa ter pra fazer parte do repertório do Fantomaticos?

Procuramos sempre ficar num limiar entre o inusitado e o estranho, mesmo, e buscamos algo que se pareça com aquelas músicas que sempre existiram, que estão no imaginário coletivo das pessoas. Nossas músicas também são muito baseadas em ideias que, às vezes, não têm necessariamente início, meio e fim e, em outras, são sentimentos soltos.


Como veem a nova cena musical brasileira? Conseguem acompanhar os novos lançamentos através da internet? As redes sociais são uma ferramenta de pesquisa para vocês?

É engraçado: quando tudo parece que está dando errado, a arte sempre se sobressai, e agora não é diferente. Eu diria que vivemos um ótimo momento na música, em termos de qualidade dos músicos, composições e qualidade dos técnicos e estúdios, mas acho que falta agitar mais. Temos eventos interessantes e cada vez mais organizados, mas ainda temos que desenvolver o mercado de forma que fique mais legal para todos. Eu acabo acompanhando os lançamentos pela internet, sim, mas não sou um grande grande pesquisador, admito. As coisas acabam chegando a mim pelos compartilhamentos. O Pedro é um cara muito bom nisso, descobrir sons novos, está sempre nos mostrando. Eu citaria muitos artistas fantásticos que estão por aí com trabalhos legais: Terno, Boogarins, Céu, Tulipa Ruiz, Dingo Bells, entre tantos outros.


E os planos para 2017? Pretendem viajar pelo Brasil?

A principal meta da Fantomaticos este ano é viajar bastante e divulgar o disco novo. Já demos uma circulada no final do ano passado e no início desse ano, e tem sido uma resposta ótima, com destaque para o lançamento oficial, com casa lotada no Teatro Bruno Kiefer (em Porto Alegre) e também a participação da banda no (festival) Morrostock (em Santa Maria, RS). Estamos fechando datas no Rio e em São Paulo. A ideia é sair o máximo possível e circular pelos festivais.

 

 


 

 



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