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IZA: voz, atitude e imagem
Publicado em 09/06/2017

A carioca de 26 anos que acaba de assinar contrato com a Warner investe num pacote completo de atributos e constrói sua carreira com o propósito claro de brilhar no pop

Por Fabiane Pereira, do Rio

A diversidade de cantoras é imensa no Brasil. Mas não muitas são como IZA. Ela, que encontrou seu lugar no pop com estética internacional e elementos carregados de brasilidade, parece ter a clara certeza de que a construção de uma carreira de sucesso deve reunir vários atributos ao mesmo tempo. “Quando você é uma cantora pop, é muito mais do que a sua música. É preciso se comunicar como um todo. Vai do discurso até como você se veste”, explica a carioca de 26 anos, que já reuniu uma sólida base de fãs e chama a atenção de formadores de opinião. “No mercado pop, você é encarada como um produto. Para que não haja algum mal-entendido, precisa dizer quem você é.”

E IZA é isso: uma mistura de Beyoncé, Rihanna, Elza Soares e outras mulheres poderosas que fizeram sua cabeça desde sempre, desde os tempos em que aprendia inglês (e bem) escutando a enorme coleção de discos do pais, com clássicos também de Michael Jackson, Stevie Wonder, Brian McKnight. A mãe, historiadora da arte, e o ambiente familiar como um todo — com direito a criação na igreja, onde cantou ainda menina — contribuíram para a formação da jovem, cujo single “Quem Sabe Sou Eu”, escrito por Pretinho da Serrinha, Gabriel Moura e Rogê, tem balanço irresistível e letra empoderada e acabou incluído na trilha sonora da novela “Rock Story”, da Rede Globo.

VÍDEO: Assista ao clipe de “Te Pegar”

IZA, que fez vários programas da emissora, já havia aparecido cantando o standard “Fly Me To The Moon” na série “Nada Será Como Antes”, exibida em 2016. Contracenar com a câmera não foi um desafio para essa publicitária de formação; afinal, ela construiu sua reputação artística subindo vídeos na internet, mais especificamente interpretando músicas de Sam Smith, Major Lazer, Adele, Demi Lovato, Prince... Só um deles, que mescla “Flawless” (Beyoncé) com “Rude Boy” (Rihanna), hoje soma mais de 300 mil visualizações e a catapultou ao estrelato quase imediato, rendendo-lhe um contrato recém-assinado com a Warner.  

UBC: Quando você percebeu que a música seria sua profissão?
IZA
:  Percebi que  música era minha profissão quando eu entendi que não estava feliz com mais nada do que eu estava fazendo. Entendi que essa era a única coisa que alimentava minha alma. Eu tinha passado por cinco funções diferentes. Em todas não durava, sei lá, nem seis meses. Percebi que eu deveria fazer uma coisa que eu gostaria de fazer para o resto da vida.  

Você é uma das cantoras mais bem criticadas da nova geração, e sabemos o quanto é difícil se destacar neste mercado. Como foi seu percurso até terminar assinando contrato com a Warner?
Percebi que eu era cantora desde sempre, na verdade, só não admitia. Comecei a cantar com 14 anos, na igreja, porque minha família era toda da igreja, e eu sabia que tinha que fazer alguma coisa nesse sentido. Foi só depois que eu larguei meu emprego, propositalmente, que entendi que essa era minha carreira. Precisava focar nisso. Desde que eu assinei com a Warner Music, tudo tem se realizado da forma como eu esperava. São várias conquistas, vários sonhos sendo realizados. Desde assinar com uma gravadora, uma equipe incrível trabalhando comigo, à chance de cantar no próximo Rock in Rio.

Quais fora as maiores dificuldades que encontrou quando era independente?
É muito complicado quando você é uma artista independente e nunca trabalhou com isso antes, não sabe por onde começar, não sabe como funciona o mercado, não sabe com quem contar, não sabe das dinâmicas do dia a dia, desse lado profissional. A gente não quer errar. Ser independente é muito complicado por isso, porque a gente joga sozinho, né?

Seu trabalho tem uma estética internacional bastante forte, apesar de o conteúdo ser 100% brasileiro. Quais artistas a inspiram?
Rihanna, Stevie Wonder, Diana Ross, Liniker, Elza Soares. 

Como escolhe seu repertório?
Pensando na ocasião e no público que estará lá, o que essas pessoas querem ouvir, mas principalmente aquilo que eu quero fazer, o que vai me emocionar também. As pessoas se emocionam quando eu me emociono também. Então eu sempre penso nos dois lados.

Na sua opinião, de que forma a arte pode empoderar as mulheres e outras minorias?
Acho que o lugar em que eu estou é muito especial, e é importante ter consciência dessa missão social que é ser cantora. Preciso entender que eu sou um pacote e que comunico tudo, né? Minha roupa fala, minha música fala, minha aparência fala, tudo é discurso, e isso é muito importante.


 

 



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