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Mallu Magalhães: novas células, novo ciclo
Publicado em 13/07/2017

Em “Vem”, ela deixa qualquer traço de fragilidade para trás e se garante em 12 boas faixas autorais

Por Fabiane Pereira, de Lisboa

A esta altura todo mundo já sabe que Mallu Magalhães lançou disco novo. “Vem” é o quarto disco de estúdio da artista paulista que reside em Lisboa e chegou há poucos dias às lojas e plataformas digitais. O que só os ouvintes mais atentos, no entanto, terão percebido é que o álbum inaugura um novo ciclo na história artística da ainda menina (de 25 anos) que, revelada há exatos dez, por meio da rede social MySpace, percorreu uma trajetória sólida em busca de uma voz própria. A “velha e louca” Mallu (como ela se chama) deixou para trás qualquer sombra da fragilidade que pudesse haver em seus discos anteriores, e dão fé disso as 12 faixas inéditas registradas no trabalho.

VEJA MAIS: Assista ao clipe de “Você Não Presta”

Os videoclipes de “Casa Pronta” e “Você Não Presta”, os dois primeiros singles lançados, já contam somados com quase 4 milhões de visualizações no YouTube. Com arranjos de Mario Adnet e Marcelo Camelo, o álbum contou com as participações dos músicos Dadi Carvalho, Kassin e Rodrigo Amarante. O que mais marca esse disco ela mesma conta em rápida entrevista ao nosso site.

Como foi o processo de composição deste novo trabalho?
Mallu
: Ele começou muito antes de qualquer ideia, o disco é um apanhado de canções de vários momentos. Há canções que já vêm de outros discos e que não foram usadas. Por isso acabaram ficando para este. Outras foram feitas quando eu já tinha iniciado a gravação de trabalhos anteriores... Isso varia muito, o processo de composição é muito longo e antecede muito até a ideia de fazer um disco, dá pra dizer que eu comecei a compor para o disco antes mesmo do (anterior álbum) “Pitanga”.

O que, artisticamente, a Mallu de hoje ainda tem da Mallu que surgiu na internet com o hit “Tchubaruba”?
Nada, porque a cada sete anos a célula se renova (risos). Estou brincando. Acho que eu tenho a coragem e a espontaneidade, tem uma coisa da irreverência e do bom humor e até dos sonhos. Faço os desenhos e as ilustrações das músicas para o Vevo, faço o Instagram do meu dia a dia, que é honesto e simples. Acho que tem a coisa da simplicidade e da honestidade que acho e espero que não tenha perdido.

A música hoje é muito audiovisual. Clipes são lançados junto com os singles, e isso ajuda a promover a canção. Quando você compõe, é influenciada por esse diálogo, trocando uma palavra de uma música, por exemplo, para outra que ficaria melhor num clipe?
Não, nunca aconteceu. Eu dou muita importância ao visual, cada vez mais tenho visto que isso é mais do que fundamental. Mas não, ele não influencia meu processo criativo de composição. Nem mesmo de arranjos. Talvez isso seja ruim, talvez deveria me importar mais, mas a verdade é que eu não faço. Eu me preocupo mais com a canção e com o arranjo num primeiro momento. Depois vêm os desdobramentos. Uma coisa de cada vez.

Seu novo disco traz 12 faixas autorais. O que inspira você a compor? Em que a experiência da maternidade mudou sua maneira de compor?
O material de trabalho sempre nasce no dia a dia, especialmente na questão urbana das pessoas e do mundo. Esse é um disco muito sobre todos e para todos. Eu tiro minhas inspirações diretamente daí, do meu dia a dia, de mim como pessoa, das minhas conquistas, das minhas visões, do que eu quero ser... vem muito daí.
 


 

 



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