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Todos os formatos do Nevilton
Publicado em 26/12/2017

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Projeto que pode ser banda, trio ou o vocalista, Nevilton Alencar, tocando sozinho lança novo disco, "Adiante"; saiba como foi o processo de produção

Por Kamille Viola, do Rio

Depois de arrancar elogios com o álbum “Sacode!”, de 2014, o Nevilton está de volta com novo disco, “Adiante”. Tendo à frente o vocalista, compositor e guitarrista Nevilton Alencar, paranaense de Umuarama, o projeto de rock já foi uma banda, mas tem formato variável, com apresentações que vão do vocalista sozinho com a guitarra e pedais de loop e efeitos ao trio que gravou este terceiro álbum.

Desde 2007 na estrada, o Nevilton chamou atenção desde o lançamento do EP “Pressuposto”, de 2010, que figurou nas listas de melhores do ano. O álbum “De Verdade”, de 2011, repetiu o feito e ainda rendeu um clipe indicado para o Grammy Latino, “Tempos de Maracujá”. “Sacode!”, de 2014, produzido por Carlos Eduardo Miranda e Tomás Magno, também conquistou a crítica especializada e recebeu indicação para o Grammy Latino de melhor álbum de rock.

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Apesar disso, o projeto quase sucumbiu às dificuldades de se fazer música independente no Brasil. Felizmente, a vontade de fazer aquilo que amava falou mais alto ao coração do artista, que resolveu retomar composições inacabadas e criar outras para realizar um álbum. Ele contou um pouco sobre esse processo para o site da UBC.

Você quase desistiu da banda. O que o fez querer alguma coisa de novo? 
Pois é! Eu quase fui engolido pela rotina e a correria do cidadão que só se preocupa em resolver os problemas imediatos, ao estilo pagar as contas hoje e já começar a contagem regressiva para as outras do mês que vem. Graças a Deus, e a toda essa atividade, estive sempre fazendo trabalhos relativos à música: tocando em restaurantes e eventos, como músico de apoio em outras bandas e projetos, discotecando, gravando, fazendo um monte de coisas bacanas... Mas já estava esquecendo minha motivação inicial de buscar fazer meu som, minha linguagem, de fazer alguma diferença na vida das pessoas através da minha mensagem-música-perspectiva de vida em som e palavras. Numa revisão sobre as próximas tarefas a fazer, me deparei com algumas músicas inacabadas, rascunhos que precisavam de uma visita. Aproveitei a boa fase de estar fazendo uns ótimos shows ao lado do Tiago Lobão e da André Dea e parti pra cima do projeto seguir de “Adiante” com um terceiro disco.

As composições são todas suas? Tinha coisas guardadas? Ou é do tipo do artista que para e fala: ‘Vou compor para um álbum’? 
Um pouco de cada: algumas músicas que ainda não tinha publicado e das quais revisitei arranjos, e outras que saíram no fluxo dos trabalhos do disco. Todas as minhas composições, exceto “Valsinha”, que fiz em parceria com Tiago Lobão, e “Doce de Jabuticaba”, parceria com Bruno Peguim Magalhães, poeta dos bons lá da minha terra.

E como foi a escolha dos parceiros e participações do disco?
Tudo de forma bastante natural: estava fazendo mais shows com Tiago Lobão e André Dea, até fizemos alguns takes com outros bateristas parceiros, como Bruno Castro  (Pessoal da Nasa), mas optamos por tentar deixar um som mais regular e uniforme e usamos todas das sessões com o Dea. Com as percussões foi o mesmo caso, o Michel Machado vinha fazendo alguns shows com a gente em quarteto, aproveitamos o embalo. Já as participações foram de amigos de rock e estrada, como o Esdras Nogueira (Móveis Coloniais de Acaju), Thadeu Meneghini (Vespas Mandarinas), Jaja Cardoso (Vivendo do Ócio) e o Marconi de Morais (mestre e amigo de Los Angeles, que conhecemos numa temporada por lá em 2007).

E agora, como é que ficou? A banda firmou formato de trio?
Firmou em trio, mas “trimou em fio”! Hahaha. O trabalho continua firme, porém de formato adaptável. Ainda venho fazendo shows solo com loopstation, duo de bateria e guitarra/ou baixo e violão, power trio, quarteto, quinteto... Enfim, priorizo levar a música e adaptar para cada ocasião e diferentes condições. 

Como foi a escolha do nome do disco?
O disco tem lá suas pílulas de esperança e otimismo, mas não chega a ter o conceito limitado. “Adiante” como nome do disco vem mais para simbolizar o incentivo ao necessário próximo passo, à mudança, o daqui pra frente, seja para mim, seja para você ou qualquer pessoa que se pegar ouvindo as músicas ou lendo essa entrevista e também tiver o toque, a vontade, o poder transformador de tirar as ideias da gaveta, de levantar da cama, de aproveitar melhor seu tempo, de tentar melhorar a sua vida e a dos próximos... Enfim, de fazer o seu papel no mundo e seguir adiante.


 

 



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