A perda do Fernando é irreparável e me causou profundo buraco no coração, poois me trouxe 50 anos de amizade à tona. Me lembrei de nós jovens vendo a letra de Travessia, a nossa juventude juntos, os nossos sonhos idealizados nos anos 1960. Eu sempre muito a reboque de Fernando e Ronaldo, que sempre conseguiram ser mais ativistas do que eu, isso por causa dos meus compromissos. Seguia os dois como dois líderes confiáveis. Eu quase morri junto com ele.
Conheci o Fernando em 1967, na época de Travessia, e o achei muito novinho para ser o autor daquela música. As letras todas dele me encantam, assim como as do Márcio Borges. Aliás, todos de BH são bons compositores e a música mineira mudou minha maneira de tocar bateria. Me tornei um baterista diferente. Algumas vezes ele viajou com a gente nas turnês do Milton pelo exterior. Era um cara alegre e curtia para caramba esse meu jeito brincalhão. Foi dos meus maiores amigos em BH. Tomamos muita cerveja juntos.
Quase todas as noites, Fernando e eu trocávamos e-mails, falando de poesia, música e, sobretudo, de política. E-mails em que Fernando demonstrava toda sua sabedoria e acuidade. Era também uma maneira de conservarmos nossa velha amizade. Quando ele vinha ao Rio, jantávamos juntos e era sempre uma celebração. Sinto muita falta do meu poeta favorito e de seus ensinamentos.
Fernando pertencia àquela categoria de gente rara, preciosa, difícil de encontrar. Gente discreta e amiga, sem estardalhaço, de confiar. Foi meu amigo sem fogos de artifício. Me ouviu em muitas madrugadas, daquelas que só se pode falar, rir ou chorar. É uma pessoa de tanta confiança e amor que é como falar com nós mesmos. E, assim, ele partiu. E em mim deixou um vazio imenso quando soube da morte dele. Fez-se noite em meu viver
Fernando como letrista é espetacular, um cara com muitas ideias. Ele inovou na letra, não fazia os versos obedientes que a música popular, em geral, fazia. Éramos parceiros desde os anos 1970. A maioria das músicas fizemos cara a cara, mas uma delas compusemos durante um jogo do Brasil, por e-mail. No intervalo, cantei para ele por telefone. Quando acabou o jogo, acabei a música.
Um dia, nos anos 1960, o Milton me chamou para dar uma canja num bar do edifício Maletta, em BH, e disse que tinha conhecido um cara genial. Assim, fui apresentado ao Fernando. A maneira de dizer do texto dele sempre foi surpreendente. Dentro da simplicidade, havia uma maneira especial de falar. São frases que parecem fáceis, mas que só depois a gente percebe como permanecem.
Sempre tive muito carinho, admiração e amizade por ele. A obra dele é muito popular, o dialogo com o sentimento do povo é muito forte. A letra de Coração civil, por exemplo, é uma reflexão sobre a utopia, sobre como as pessoas têm de pensar sobre o próprio caminho.
Um dos maiores poetas do Brasil e do mundo. Ele foi o mais audaz, viajou fundo no coração das pessoas. A obra e o sentimento dele nunca morrerão. Vão viajar pelo mundo, vamos sempre tocar as canções dele.
Estou sentido pela grande pessoa que era o Fernando. Uma pessoa maravilhosa, sempre disposta a ajudar. Era o mais constante dos meus parceiros musicais. Ir a Belo Horizonte e não encontrá-lo é algo inacreditável para mim. Sempre que precisava recorria ao Fernando.
Fernando é um poeta fantástico, um amigo. Toda vez que ia a Los Angeles com Milton, ele era o mais efusivo. Aquela primeira fase de Fernando com o Milton é insuperável, com Ponta de areia, Sentinela.
Desde Travessia, eu via o posicionamento muito arrojado do Fernando, que era todo amparado no romantismo. Fernando sempre teve a verve política muito clara. Ele sempre viveu o presente, mas, na poesia, tinha uma forma muito especial de abordar os temas, desde o político ao romântico. A valorização de questões como amizade e família é presente em suas letras desde o início.
It is with a great sadness that I learned of the passing of Fernando Brant, President of UBC, one of the most fantastic Brazilian creators of his generation.
I imagine how deep is your sorrow in loosing such a great composer and poet, and a very dear friend. You can be assured of my deepest sympathy in those sad moments and, in the name of Sacem, please accept my sincere condolences.
We will remember Fernando Brant as a "Vendedor de sonhos" and his wonderful melodies, like the ones he created with Milton Nascimento, will remain in our hearts forever.
With my warmest regards,
Fiquei sabendo da perda do querido Fernando Brant e lembrei de você e todos os amigos da Ubc que devem estar muito tristes com a notícia. Passo para desejar muita força nessa nova fase da UBC.
Grande abraço do seu amigo,
It is with the greatest sorrow that I learned of your President Fernando Brant's untimely passing. Being a legendary lyricist/composer, he has led UBC for many years to promote authors' rights locally and internationally. It is hard to imagine the loss you must be feeling, after working closely with this great leader for years.
I recall my meeting with him back in June 2011. Soon after our meeting in Brussels, I received his warm letter offering the administration fees to support those who suffered from the Great East Japan Earthquake. His compassion and generosity will long be remembered by myself and my colleagues at JASRAC.
On behalf of our Board of Directors, I wish to convey my sincere condolence to the family of Mr. Fernando Brant, to you and to your staff at UBC.
Sincerely
I was shocked and deeply saddened to hear of Fernando's untimely passing.
As as a composer of great talent and a doughty champion of authors' rights, Fernando was loved, admired and appreciated by millions; to those of us privileged to know him personally, he was a dear and loyal friend whose wisdom, kindness and warmth will be sorely missed. My heartfelt condolences go to his family, to all at UBC and to the community he served with such distinction.
Sincerely
Minhas condolências a toda equipe da UBC pela lastimável perda do nosso amigo e compositor Fernando Brant.
Abraços,
Foi com enorme e justificado pesar que recebi a notícia da inesperada partida de Fernando Brant, amigo do coração que ainda imaginei poder ver em Bruxelas na assembleia geral da CISAC. A despedida estava iminente. Sinto que partiu um dos melhores de todos nós, grande criador e intransigente defensor dos direitos dos autores, no Brasil e em todo o mundo. Perdeu-se uma voz clara e generosa, solidária e livre que muita falta nos vai fazer.
Recordo as muitas conversas que tivemos por esse mundo fora durante uma década. Tínhamos ideias, sonhos e projectos que o tempo irá guardar na arca das coisas valiosas.
A Direcção e o Conselho de Administração da SPA lamentam profundamente esta perda e eu peço-lhe que transmita a toda a estrutura directiva da UBC a profundidade magoada do nosso grande pesar. Fernando partiu, iniciou a "Travessia", mas deixou-nos a tocante claridade da sua obra. Nunca o esqueceremos.
Um muito fraterno abraço de pesar e saudade,
Marejado em lágrimas, recebo essa triste notícia, inteiramente improvável para minha cabeça!
Fernando voltou para BH, deixando-me a firme certeza de que, apesar de tudo, estava muito bem de saúde e o transplante do fígado seria um sucesso!
Portanto, sinceramente, eu não esperava esse trágico desfecho, que apunhala brutalmente meu coração!
Choro a irreparável perda do grande amigo e querido Presidente da nossa histórica UBC, incansável gladiador na batalha diária dos direitos de autor, enquanto o Brasil chora a partida de um dos seus maiores letristas...
Estamos todos de luto...
Querido amigo: que a sua travessia seja radiosa e brilhante como a canção...
Não há palavras nesse momento para descrever o choque dessa notícia tão triste.
Há três semanas recebemos um email muito gentil dele, parabenizando meu Pai pelos 50 anos de carreira, onde dizia ter saudades dos tempos em que comia pão de queijo feito pela Dona Victoria (minha Avó), nas épocas em que se encontravam em sua casa, décadas atrás. Numa demonstração de Carinho e respeito que muito apreciamos!
A Música perdeu, os amigos e familiares perderam, todos colegas de profissão...
Ganharão somente os anjos! A saudade e a lembrança permanecerá viva na memória e a sua obra eternizar-se-a !
Suas belas palavras resumem a dor de um amigo, acima de tudo! Que Deus receba-o de braços abertos e com festa no Céu.
Nossos sinceros e profundos sentimentos. Grande abraço da Familia Godoy e de toda a Diretoria da ASSIM.
Uma perda irreparável para toda a comunidade artística brasileira e para o Direito Autoral. Fernando, além de ter sido um dos maiores poetas e compositores que este País já teve, foi incansável na defesa dos direitos autorais dos criadores. Deixa um legado imenso, e um vazio maior ainda. Sereno, tranquilo, com aquela mineirice que encantava a todos, sabia ser firme e contundente quando necessário, sem nunca perder a ternura. Meu Deus, me dou conta que conheci um dos autores de algumas das trilhas sonoras dos melhores momentos de minha vida. Que ele descanse em Paz, deixa aqui uma legião de amigos e admiradores. Minhas mais sinceras condolências à família do Fernando e a todos os amigos da UBC.
Mando daqui um abraço com muito carinho.
Realmente ele fará falta. Que ele esteja compondo com os anjos.
Um grande abraço,
A perda do Fernando é grande demais para os que ficam, consolados apenas por sua lembrança e principalmente pelo seu legado, pessoal e poético, como dos mais profícuos na História da música brasileira. A sua obra, que tive o prazer de acompanhar de perto, faz parte do nosso imaginário para sempre.
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Gostaria de enviar a você e todos da UBC as minhas condolências solidárias por esta grande perda também para a nossa Associação.
Um grande abraço,
Creio que todo povo brasileiro, que realmente seja brasileiro esteja de luto pelo desencarne de Fernando Brant. Resta-nos orar por ele que certamente continuará compondo ao lado de outros grandes compositores brasileiros que o antecederam. Nos juntamos à família UBC, fazemos parte dela.
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Uma perda irreparável. Tudo que ele fez foi maravilhoso. Que descanse em paz na Glória do Senhor!!!
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Nossos mais profundos sentimentos. Pela UBC, pelos compositores e por todos os brasileiros.
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Abraços,
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Regressada de um curto período de férias, foi com a maior tristeza que recebi a notícia da morte de Fernando Brant. Quando me falou sobre a sua saúde, em Bruxelas, não me apercebi da gravidade do seu estado de saúde, e agora ficam apenas uma mágoa e uma saudade imensa.
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Partiu um dos melhores. Vai fazer-nos falta como autor e como homem.
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Dirijo-lhe a si, minha amiga, os pêsames que, nesta ocasião, gostaria de fazer chegar a toda a família UBC.
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Com um forte abraço,
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Con profunda consternación hemos recibido la dolorosa noticia del fallecimiento del distinguido y prominente autor y Presidente de UBC, Fernando Brant, cuya devoción por la causa del derecho de autor ha dejado una imborrable huella en la comunidad internacional de sociedades de autores de la CISAC.
Deseo expresar a usted y a todos los colaboradores y colaboradoras de UBC, y al mundo autoral de Brasil, nuestro sentimiento de pesar por esta sensible pérdida que enluta a la CISAC.
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Le rogamos, muy especialmente, hacer llegar a la familia de Fernando Brant nuestras más sinceras condolencias.
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A Fernando le quisimos entrañablemente como amigo y respetamos y admiramos como un gran dirigente de los autores brasileños.
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Le saluda,
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Querido Geraldo, estamos contigo en estos sentimientos de dolor. Veremos otra vez al compañero y poeta Fernando si armonizamos con el propósito del Creador cuando restituya la vida y elimine la muerte.
Un abrazo de hermano.
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La pèrdida fìsica de una excelente persona,duele mucho pero siempre estarà con nosotros su conducta ,su talento y su bondàd......lo vamos a extrañar. Abrazos y saludos a su Flia.
Querido Geraldo, recibe todo mi cariño y apoyo en estas tristes circunstancias. Recuerdo muy bien la bondad y respeto de Fernando cuando lo conocí hace algunos años.
Permanecerá en el recuerdo muchos de nosotros. Te ruego extender estas palabras a todos los compositores de UBC a Marisa y Sídney.
Un gran abrazo de toda nuestra comunidad ALCAM
Morre Fernando Brant, escritor e compositor mineiro de grande talento, cidadão que militou até o último dia pela valorização do autor na música brasileira O Brasil perdeu na última sexta-feira (12/06/2015) mais uma grande expressão da música, das artes e da cultura.
Fernando Brant foi um dos grandes nomes do Clube da Esquina, movimento que marcou um dos momentos mais belos e ricos da música popular brasileira.
Com obras imortais como "Encontros e Despedidas", "Para Lennon e McCartney", "Feira moderna", "Canção da América", "Travessia", "Maria, Maria", "Nos bailes da vida", Fernando Brant foi um criador único, genuíno e tradutor de sonhos de toda uma geração.
Luiz Guedes, meu saudoso parceiro e eu, tivemos a honra de ter uma música nossa "letrada" por Fernando.
A música, chamada "Pátria", traduz os seus/nossos sonhos:
"Pátria não é apenas um lugar
De nascer, de crescer, morar
Pátria é coisa mais bela
É um povo solidário, é união"
Fernando jamais se omitiu em dizer o que pensava e em defender suas idéias. Como disse em uma de suas eternas canções: "amigo é coisa pra se guardar…" Guardaremos pra sempre, Fernando Brant.
É com profundo pesar, que recebo a notícia da morte deste meu conterrâneo presidente da UBC, Fernando Brant e tenho certeza que ele está no céu com Deus. Um abraço a todos.
Brant fez uma travessia. Simplesmente dobrou a esquina e levou com ele algo que, ao mesmo tempo, deixou pra nós. Palavras que cravaram os corações saltitantes da nossa geração. Palavras que ele dizia com a simplicidade de quem não se dava conta do turbilhão de influências que causava. Era bom ouvir os discos com suas letras e aguardar ansiosamente os próximos. E sempre haverá próximos, dentre os muitos que repetirão e reinventarão as suas ideias, caminhos e paisagens.
Amigo Fernando,
Me assusta essa enorme página em branco porque sei que daqui a pouco ela vai estar cheia da dor de haver te perdido muito antes da hora.
Mas preste atenção, poeta, porque em teoria, somos amigos pessoais há pouco mais de quatro anos, mas isso não é verdade. Coloque seus óculos de lentes grossas aí no lado mineiro do céu para ler essa pequena história.
Em 1972, aos 18 anos de idade, ganhei um dos primeiros dinheiros que me fizeram sorrir e ficar orgulhoso de meu trabalho. Eu e meu amigo Beto Barcellos começávamos a fotografar e fazer grandes ampliações. Ao receber essa grana (para nós uma fortuna), corremos para uma loja de discos, cada um com sua listinha para pela primeira vez comprar munição para a aparelhagem de som Gradiente recentemente adquirida. O primeiro título da minha lista era um álbum duplo com dois meninos na capa chamado Clube da Esquina.
Corri para casa e sabe o que eu fiz, Fernando? Abri uma garrafa de vinho e pela primeira vez conversei com você. Eu, do lado de cá, fazia perguntas e você, de dentro do disco da Odeon, mandava respostas pela voz de Milton e Lô. Eu, já querendo ficar bêbado, dava respostas às perguntas que sua poesia me fazia. Durante várias décadas continuei conversando com você através dos vinís, de Elis, de Beto, de Milton e de todos esses gogós que se deliciavam cantando suas palavras.
Num dia mágico de 2011, levado por um outro grande poeta do Clube da Esquina, que por sorte já era meu amigo de muitas prosas e delírios, nos encontramos no restaurante da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Saímos dalí, eu você e Ronaldo Bastos quando a noite já começava a fechar em cima de BH. A mesa ficou cheia de garrafas vazias e me lembro que falamos muito de direitos autorais e política, de direitos autorais e poesia, de direitos autorais e vinhos, de direitos autorais... Como era grande a tua paixão desenfreada pela luta dos criadores para poder viver de suas próprias criações. De volta ao hotel, pensei com minha ressaca: “de tanto ouvir aquele disco com a foto dos dois meninos na capa, acaba que vou trabalhar com os poetas que inventaram essa jóia”.
Daí veio a UBC para mim. E eu que não pensava existir entidade de gestão de qualquer coisa que fosse regida unicamente pela vontade autêntica de fazer o bem, que no caso de uma sociedade de autores, significa lutar com todas as forças pelos direitos dos compositores. Foi aqui que durante os últimos anos lutamos sob seu comando buscando as vacinas adequadas contra as ignorâncias e más intenções que permeiam esse território. Foi você, Fernando, que sem vaidades tolas imprimiu nessa estrutura, nessa diretoria e até nas paredes do prédio, essa aura de coisa justa e de respeito com os verdadeiros donos do negócio: os criadores. Não é preciso se preocupar, poeta! Não vamos deixar que a marca Brant seja apagada dos escritórios, dos relatórios nem das consciências dos que trabalham na tua casa.
Tudo tem jeito, Fernando, e vamos continuar buscando as soluções.
Só não tem jeito é sentar na mesa de um restaurante para tomar um vinho e ver uma cadeira vazia. Só não tem jeito é de ver o América Mineiro entrar em campo sem achar que falta alguém na torcida. Só não tem jeito é de fingir que a poesia não ficou meio capenga sem a tua presença. Contra a saudade não há vacina.
Um abraço.
Querido Fernando,
Lembrando hoje das histórias da nossa cidade, passei pelo dia em que o Bituca, ali perto do Maleta, contou que conheceu um sujeito genial e que eu deveria conhecer também. Por ele fui apresentado a você.
Hoje veio a lembrança de novo. Alguma coisa aconteceu sorrateiramente e sem aviso, querendo revirar emoções! Poderia até ser algo diferente, mas a gente sabe que não: emoções sempre foram parte do contato daquela geração, formada pelas esquinas na arte popular da música e poesia. No coração de Belo Horizonte, estado de sonhos e liberdade entre ruas, praças e horizontes sem fim.
Assim fomos em frente aprendendo uns com os outros e unidos construímos uma sólida travessia em infinitas direções. Hoje lembro com você tudo isso e percebo que alguma coisa quis mudar, mas não deu conta. Sua presença está aqui, tudo sólido como nunca.
Estamos com você aprendendo cada vez mais com seu exemplo de dignidade, carinho e amor.
A gente vai se encontrando!
Seu amigo e parceiro,
Lamento profundamente la pérdida de Fernando, y los acompaño en este difícil momento, a nivel personal, como nivel Institucional.
También hacerles llegar a la familia de Fernando y a la familia de UBC mis sentidas condolencias, por el partir de un amigo, de un gran talento que con sus obras contribuyó al acervo cultural de América toda y el mundo.
Presidente de UBC y en San Martín de los Andes (Argentina) electo Presidente del Comité Iberoamericano, desde donde jugó, un rol importante en la defensa de los creadores.
No olvidaré los gratos momentos que compartimos tanto en el trabajo, o al levantar una copa para brindar por la satisfacción de estar juntos.
Al decir de un poeta uruguayo Fernando se nos mudó al corazón.
Abrazos,
La partida de Fernando, sin lugar a dudas nos deja un legado no sólo en materias artísticas y de creación, sino en la lucha por mejorar los derechos de los autores y compositores de música de toda América Latina, su ejemplo y compromiso con ALCAM siempre estuvieron presente y hoy es nuestro deseo continuar con su trabajo a nivel regional y más aún con su ejemplo de vida.
É com insuportável dor que em nome da Diretoria da UBC comunico o falecimento do amigo e Presidente da UBC Fernando Brant. O mundo ficou menor hoje, a poesia perdeu frescor, a música está de luto e a luta na defesa apaixonada do direito autoral perdeu um dos seus maiores comandantes. Fernando, sábio na escolha de sua partida, foi-se no dia dos namorados, justamente para nos lembrar sempre do amor, da conciliação, da amizade e da importância da fraternidade.
Que a partir de agora Fernando nos proteja com sua luz, sabedoria, solidariedade e que seu espírito abrace nossos caminhos.
Muito obrigado por tudo querido Amigo, que continuará abençoando nossos corações e mentes!
"Qualquer dia amigo eu volto pra te encontrar
Qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar."
Acabo de receber a notícia da morte do meu querido amigo Fernando Brant. Fernando foi, durante décadas, um grande companheiro. Partilhamos os mesmos sonhos de Minas e de Brasil. Estivemos juntos em muitas lutas e partilhamos as mesmas esperanças. Grande poeta. Grande brasileiro.
Com muita tristeza, faço silêncio nesse momento, manifestando a minha homenagem e enviando, com emoção, o meu abraço à sua família, ao Roberto, ao Paulo e aos amigos do Clube da Esquina.
Essa é a imagem do meu último encontro com o grande mineiro, ocorrido em Belo Horizonte, há algumas semanas.
A última vez em que estive com Fernando foi a menos de seis meses, em minha casa, no Rio. Ele chegou junto com outro grande amigo, Ronaldo Bastos, e foi uma noite como há muitos anos não acontecia. Passamos horas lembrando de histórias, canções, amigos e, principalmente, a amizade que nos guiava em todos estes anos em que passamos juntos. Eu já sabia que Fernando estava com um problema de saúde, mas em nenhum momento falamos disso naquela noite. Não precisava. Fernando esteve ao meu lado nos acontecimentos mais importantes da minha vida. E isso já era o suficiente a ser lembrado.
Em meu último show, em Santos, no dia 5 de junho, uma jornalista pediu para eu contar uma história, qualquer uma. Não sei como, mas automaticamente comecei a falar do Fernando, e de quando eu estava em São Paulo, e fiz três músicas no mesmo dia: “Pai Grande”, “Morro Velho” e “Travessia”, esta última, a que levei para Fernando Brant fazer a letra em Belo Horizonte. O resto é história.
Sem ele, as coisas não teriam acontecido desta maneira. Nenhuma palavra do mundo é capaz de descrever o quanto eu sou agradecido por ele ter feito parte da minha existência.
Obrigado Amigo, muito obrigado.
Amigos,
Muito triste a morte do Fernando. Na última vez em que nos encontramos, em Brasília, estávamos defendendo posições opostas, mas nem assim o Fernando perdia sua doçura. E nosso último papo foi sobre a morte, comentamos a morte do nosso Alcione, mineiro, meu irmão. Nesse filme de que somos atores e em que todos morremos no fim, não podia ser mais infeliz esse corte: daquela conversa para sua morte.
Não nos encontramos mais do que cinco, seis vezes, mas sinto como a perda de um grande amigo. Imagino a tristeza de vocês, dos amigos que conviveram muito com ele. Lembro um jantar nosso num restaurante que já não existe mais, no fim do Leblon e lembro o cavalheiro, o homem sereno, o amigo que ganhei ali, um artista extraordinário e um homem simples.
Naquele encontro de Brasília, depois da nossa conversa no corredor, fomos para a tribuna e ele defendeu com exaltação seus pontos de vista e eu defendi com exaltação os meus. Depois, ele já tinha ido embora, você, Sydney, me disse amigavelmente que isso não devia ser um fla x flu. Sinto não ter estado mais vezes com o Fernando, buscando um entendimento, jogar juntos, nos afastarmos temporariamente dos nossos times pra jogarmos juntos na seleção. Ele era o craque. Grande Fernando.
Mando meu abraço para vocês, para essa UBC que nasceu na SBAT, a SBAT que luta para sobreviver e que um dia o Fernando quis muito ajudar a salvar. E certamente ajudou, indo até onde era possível naquelas circunstancias, aprofundando o conhecimento da causa, me dando força e confiança pra continuar. Minha admiração para sempre.
Abraço forte em vocês.
É com tristeza que recebi a notícia da morte do jornalista, poeta e músico Fernando Brant. Minas Gerais e o Brasil perdem um dos seus grandes talentos, um dos seus mais extraordinários letristas. O Clube da Esquina está de luto e a nossa música, mais triste. Quero deixar meus sentimentos aos familiares, amigos e fãs da música e da poesia de Fernando Brant, lembrando um dos seus mais conhecidos versos: 'Com a roupa encharcada e a alma/ Repleta de chão/ Todo artista tem de ir aonde o povo está'. Fernando cantou a nossa geração, o nosso povo e os nossos sonhos.
Expresso meus sentimentos à familia do Presidente da UBC.
Atenciosamente,
Querida Marisa!
Hoje sábado 13 de junho, tomei conhecimento do falecimento do nosso querido Fernando Brant, fiquei muito triste, e o meu primeiro impulso depois da notícia, foi escrever pra você, para falar da tristeza da perda do nosso querido Presidente, e falar também, que ele além de tudo, vai desfalcar a nossa cultura de um modo geral.
Sem mais, gostaria de dizer, que em qualquer coisa que precisar de mim, e que estiver no meu alcance, estrei a disposição de coração para colaborar.
Um grande abraço do amigo
Tragic and unexpected news indeed. Fernando was still quite young and such a great creator.
I've been knowing him since 1998 and he has always been a great colleague and friend. He will be missed.
Let me know if you'd like an official quote from me as chair of the CISAC board.
My best thoughts for you and the whole UBC family.
I am so sorry! I have just learnt that Fernando has passed away and I still cannot believe it, he was so young!
Please do receive our deepest condolences; he was a nice, fine and generous talented man and true defender of the rights of creators. I was a huge fan, Maria Maria is one of my favorite songs ever and I’ll keep the memories of that evening with him singing with the other CIAM members in Costa Rica deep in my heart.
Our deepest thoughts go to his family and friends.
With warm regards,
Em nome do MPB4, transmita a familia UBC os nossos sinceros sentimentos pela irreparável perda do poeta, amigo e diretor Fernando Brant.
A sua obra continuará nos acompanhando por toda a nossa história. Basta que olhemos pro nome da nossa banda, né? O mesmo foi tirado de uma de suas canções com o Milton Nascimento - "Roupa Nova". E hoje nos shows a gente apresenta mais uma de suas canções com o Bituca - "Nos Bailes da Vida". Por toda a sua obra e todo o legado que ele nos deixa, só podemos dizer, humildemente, MUITO OBRIGADO!!!
Descanse em paz, amigo. E como ele mesmo escreveu um dia: "Amigo é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito"... E é, exatamente, desse lado que queremos guardá-lo para sempre.
Abraço fraterno de todos nós ROUPA NOVA,
Estamos todos nós, da profissão de "militância fonográfica", extremamente entristecidos com a partida do nosso presidente para o andar de cima.
Gostaria de deixar aqui a minha sincera homenagem para o poeta e amigo Fernando Brant, que fez a travessia dessa vida, com talento, profissionalismo e amor a nossa música.
Foi uma honra e um grande privilégio ter sido o escolhido - na Festa Nacional da Música de 2012 - para entregar-lhe o Troféu FNM.
Fernando Brant, um dos intelectuais mais brilhantes e fundamentais do Brasil, partiu em seu vôo pássaro. Amigo, parceiro, grande e inspirado letrista, escritor e jornalista, Fernando escreveu pérolas que ficarão gravadas no inconsciente coletivo por toda eternidade. Saudades.
Ele pensava cultura todo o tempo, era um estudioso, um leitor voraz de boa literatura, um letrista como poucos e essencialmente mineiro. Letrou lindamente as trilhas que compus para os filmes "Chico Rei", "Dona Beija", "Cafezais sem fim". Difícil imaginar Belo Horizonte sem o Fernando por perto. Mesmo sendo um concerto em homenagem ao Rio (que acontece neste sábado, no Teatro Municipal), de alguma forma terá Fernando Brant...
Acho que vamos levar um tempo pra entender o que isso significa pra música brasileira. Tínhamos várias discordâncias ideológicas, já discutimos mais de uma vez por desavenças relativas à legislação de direitos autorais e ao sistema de arrecadação, mas eu sempre reconheci e me inspirei no seu trabalho como letrista e como um dos articuladores do Clube da Esquina. Ficamos todos mais tristes aqui hoje!
Minas deu grandes poetas, Fernando Brant foi um deles. Por suas mãos, Minas e as mineirices entrararam lindamente no repertório da música brasileira. Além de grande poeta e letrista, Brant, como advogado que era, foi ainda um líder da classe, um bravo defensor dos direitos autorais e outras bandeiras da categoria. Fui jurado do Festival da Canção, em 1967, que consagrou Milton Nascimento como melhor intérprete, cantando Travessia (A música conquistou o segundo lugar no festival). Nos bastidores, conversando com o Brant, depois do sucesso da música, ele me falou: 'Travessia foi a travessia do Milton para o sucesso. E a travessia de Minas para a música popular brasileira.
O Brant foi muito importante para nós, temos três sucessos dele gravados. 'Canção da América' foi feita primeiro com letra em inglês. E a gente ficou perturbando ele para fazer uma letra em português. E aí ele fez uma de suas maiores pérolas. Depois foi 'Bola de meia, bola de gude', que inicialmente era só assobiada. E depois, 'Nos bailes da vida'. É uma perda enorme, estamos perdendo nomes muito grandes. A gente fica muito triste, que ele descanse em paz e olhe por nós.
Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração. Fernando Brant, parceiro querido de tantas belas canções, partiu em sua travessia para outra vida. Um menino, um moleque morando sempre em nosso coração...
Minha geração cresceu influenciada pelas canções do Fernando Brant. Mestre das palavras, artesão de canções imortalizadas nas vozes de Milton, Elis e outros grandes cantores. Fernando Brant deixa um vazio que jamais será preenchido na nossa música. É um dia triste para a cultura brasileira e especialmente para o nosso estado. Fernando Brant foi um grande intérprete do nosso espírito de liberdade - sou do mundo, sou Minas Gerais! - e vai permanecer pra sempre em nossos corações. Quero terminar essa nota de pesar com um verso da música Coração Civil, que é marcante na minha vida e diz muito sobre o espírito de Brant: 'Quero a utopia, quero tudo e mais. Quero a felicidade nos olhos de um pai. Quero a alegria, muita gente feliz. Quero que a justiça reine em meu país'. À viúva Leise, filhos e familiares meus sinceros sentimentos.
Fernando Brant era um gênio. Foi e sempre será um ícone e referência para a música, a poesia e a literatura. Mas mesmo sendo iluminado com tanto talento, que saiu das nossas Minas Gerais para ganhar o mundo, nas vezes em que tive o privilégio de estar com ele sempre admirei a sua simplicidade, o seu jeito afável, equilibrado, a personalidade discreta, a voz serena que tanto nos ensinava.
Fui professor do Fernando Brant no terceiro ano clássico. Não poderia supor que estava ali diante de um habilidoso letrista da MPB. Através das melodias de Milton Nascimento, ele introduziu Minas Gerais no cenário musical, até então predominantemente nordestino. Chegamos a estar juntos em um seminário sobre "A essência de ser mineiro", com Otto Lara Resende, Francisco Iglesias, Antonio Candido. Ele era muito bom nisso.
Partiu meu querido amigo Fernando Brant. Partiu o poeta e autor de "Maria, Maria", "Canção da América", "San Vicente", "Ponta de Areia", "Canções e Momentos" e centenas de outras obras-primas. Se não produziu muito mais foi porque dedicou boa parte da vida profissional à defesa dos direitos dos autores.
Deixo aqui meu abraço e minha tristeza pela perda imensa, não só para vocês da UBC, como também para todos nós!
Sua música foi força e alegria em vários momentos de minha vida e fico feliz de ter podido aproveitar dela desde o começo.
Agradeço a ele pelo tesouro artístico que nos legou!
I am very sorry to hear. My heartfelt condolences to you and the UBC family. There's very little words of comfort one can say in such situations. Be strong.
I hear from Geraldo that Fernando passed away. A great loss for the creators community.
My sincere condolences also on behalf on the Ciam ExCo.
Yours sincerely,
Daqui de Lisboa, abalado e profundamente comovido, envio através de vocês, em meu nome pessoal e em nome da AMAR, os votos de profundo pesar pelo falecimento do querido companheiro de música, lutas, ideias e sonhos, FERNANDO BRANT.
Há pouco, acordei em meio à madrugada lisboeta e - inexplicavelmente, por ser coisa que jamais faço - entrei na internet via celular, como se apenas para receber a notícia da partida do Amigo.
Peço que transmitam aos companheiros da área autoral, aos amigos de Música e Poesia, aos diretores e associados da UBC e, principalmente, à família do querido Fernando, o nosso abraço e os nossos sentimentos.
Fica a certeza de que a Travessia de Fernando ao longo da vida engrandeceu a Arte e a dignidade humana e legou - nos um mundo muito melhor, embora infinitamente mais triste a partir de agora.
Com o abraço fraterno de
Com imensa dor, recebemos a notícia do falecimento do amado Fernando, que por estas ironias da vida do poeta se foi neste dia lindo cheio de amor.
O Brasil e a luta pelos direitos autorais, assim como a família e amigos ficamos mais pobres, mas o céu está infinitamente mais rico e cheio de poesia.
Receba nosso carinho e nossa solidariedade, estendidas à família UBC.
"minha casa não é minha e nem é meu este lugar"
Abraços fraternos
Meus sinceros sentimentos pela passagem do grande Fernando Brant.
Por favor, estenda essa comunicação ao pessoal da UBC e à família do compositor.
Embora não tenha tido o privilégio de conhecê-lo, sou admiradora de sua obra e militância nos DA.
Beijo,
It is with great emotion that I learnt about the passing of Mr Fernando Brant, President of UBC, and I send you my most sincere condolences. We will regret the immense Brazilian composer he was, one of the most brilliant of his generation. His music will always remain alive and will continue to accompany us as a wonderful gift from him.
With my warmest regards
Fernando Brant nos emocionou e embalou nossas vidas com tantas canções especiais como “Travessia”, “Maria Maria”, “Canção da América”... são tantas e tão lindas! Vá em paz. Obrigada.
Obrigada Fernando Brant, Maestro. Deixa uma estrada de saudade...
Morreu Fernando Brant, pai de "Travessia", uma das mais belas letras da nossa música popular brasileira.
Meus sentimentos aos mineiros, que hoje perderam um de seus filhos maiores.
Minas perde parte de sua música, de sua história e de sua cultura com a morte de Fernando Brant. Ele soube como poucos falar do nosso jeito. Com o Clube da Esquina, descreveu a igreja, um muro branco, um voo pássaro. Fica-nos seu legado, sonoro e poético, “repertório de vida e canções”.
Fernando Brant se foi! Deixa uma linda história na música brasileira. Vá leve!
Durma bem, mestre! Cantarei pra sempre tuas palavras!
Querido Fernando Brant, que nos deixa muito tristes e agora passeia pelos jardins intemporais. De roupa nova, vê o trem parar. Contempla!