Após anos de investimento para desenvolver um serviço mais completo e eficaz, a associação distribui mais de R$ 1,3 milhão a aproximadamente 1.700 titulares
Por Akemy Morimoto, do Rio
A UBC acaba de bater recorde na distribuição de direitos conexos estrangeiros, ou seja, aqueles que vêm dos usos de obras e fonogramas no exterior e que são devidos a intérpretes e produtores fonográficos. Em junho, a organização distribuiu mais de R$ 1,3 milhão para aproximadamente 1.700 titulares. O valor é resultado do empenho de bons profissionais, sistemas e infraestrutura geral, que proporcionaram a busca por receita ao redor do mundo através do relacionamento com as sociedades congêneres de direito conexo.
Há cinco anos, a UBC criou um departamento exclusivo para cuidar dos direitos conexos dos titulares e para oferecer um serviço de qualidade com o intuito de proporcionar uma boa representação tanto no Brasil quanto no exterior. Desde então, a associação trabalha e distribui valores recebidos de associações estrangeiras. Propiciada por um trabalho que envolveu o intercâmbio de dados de cerca de dois milhões de linhas de arquivos, a distribuição recorde veio do Japão, da Espanha, de Portugal, da Inglaterra, dos Estados Unidos e da Suécia.
Um repertório que se destacou no exterior, sem surpresa, foi o da banda Sepultura. Muitos artistas brasileiros renomados adotam uma sociedade autoral estrangeira para receber valores do exterior. Consolidada como uma das maiores bandas de metal do mundo, o Sepultura optou por deixar a gestão global de seus direitos a cargo da própria UBC.
“Sistemas de distribuição lidam com muitas variáveis e complexidades, tanto nos formatos eletrônicos usados quanto no volume de dados em si. Inconsistências são comuns e exigem que os processos sejam sempre refinados para que a distribuição seja mais rápida, sem perder qualidade e levando também ao titular o máximo de informação possível sobre o que ele está recebendo. Experimentar e refinar algoritmos de matching para otimizar o recebimento dos nossos titulares é fundamental”, pontua o gerente de Relações Internacionais, Distribuição e Licenciamento na UBC, Peter Strauss, que acrescenta que “o universo dos direitos conexos trabalha com processos e formatos diferentes do universo autoral, inclusive com muita diferença entre as maneiras que cada sociedade estrangeira trabalha, então é necessário abordar esses esforços de distribuição com uma mente aberta e preparada para se adaptar a situações imprevistas.”
Após a entrada da UBC para a SCAPR, organização internacional que congrega associações de direitos conexos de intérpretes e músicos de todo mundo, houve a possibilidade de troca de informações através de sistemas e layouts internacionais com associações de diversos países. O intuito deste trabalho coletivo é identificar as possíveis execuções dos fonogramas dos intérpretes e músicos representados pela UBC.
“As distribuições de conexos estrangeiros ficarão cada vez mais robustas e importantes, pois todo o processo de apuração desses valores está em fase de aprimoramento ao redor do mundo, e nós da UBC estamos acompanhando essa evolução para continuarmos na vanguarda do que há de mais moderno”, informa o diretor de operações da UBC, Fábio Geovane.
Além dos valores de conexo estrangeiro, a UBC distribui há anos os valores de direitos autorais referente a execução pública das obras dos autores representados pela associação, que também vêm batendo recorde de distribuição. O total distribuído de janeiro a junho no exterior, em relação a direito conexo e autoral, já soma mais de R$ 6 milhões. Estes números reforçam o compromisso da organização em oferecer um serviço de muita qualidade para os seus titulares, seja em território nacional ou internacional.
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