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Cinco plataformas para vender sua música sem complicação
Publicado em 01/02/2017

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Nem só de streaming vive a era digital. Veja onde negociar seu trabalho diretamente com os fãs

Por Ricardo Silva, de São Paulo

Na era do streaming, a venda de música pela web continua a apresentar vantagens. Mas, como se sabe, é complicado para um artista independente colocar sua música para vender nas grandes lojas on-line, como Apple Music, Amazon ou Google Play, uma vez que, para tanto, é necessário estar ligado a um agregador digital. Por isso, apresentamos as quatro melhores plataformas nas quais você mesmo pode promover e negociar canções com possibilidade de lucros razoáveis. Aliada a uma boa estratégia de marketing no website pessoal do artista e nas redes sociais, a venda direta é ainda uma forma de driblar a baixa remuneração dos serviços de streaming. Confira alguns sites onde é possível fazer essa negociação.

Bandcamp.com – Trata-se de um serviço gratuito, e cada vez mais popular, que permite a negociação direta entre músicos e fãs. A intermediação tem seu preço, claro – 15% sobre cada venda –, uma ninharia se comparado ao tamanho do bolo abiscoitado por serviços de streaming (o Spotify, que tem assinaturas premium a US$ 9.99 e uma base global de mais de 40 milhões de clientes pagantes, transfere menos de um centavo por música aos titulares). O Bandcamp tem a vantagem de elaborar relatórios detalhados de vendas (segundo lugar de compra, faixa etária e até mesmo horário mais favorável para os negócios) e coletar o endereço de e-mail do comprador, de maneira a possibilitar a elaboração de uma boa mailing list. Além disso, a plataforma vem se tornando conhecida como um lugar de descobrimento de novas sonoridades, de maneira que é interessante a um independente ter seu nome circulando ali. O site tem um mecanismo de recomendação de artistas aos fãs através de blog, aplicativo, podcast e e-mail marketing.

CD Baby (cdbaby.com) – Uma das mais conhecidas lojas online de discos físicos independentes, funciona com um intermediário entre você, que tem seu CD impresso, e os fãs, ávidos por descobrir coisas novas. A versão gratuita, CD Baby Free, permite a venda sem burocracia mediante o pagamento de 15% sobre cada venda. Na versão paga, você faz uma assinatura e tem desconto menor sobre cada venda: 9%. Em ambos os casos, é possível coletar dados de compra dos fãs e o e-mail deles, de maneira a criar mailing lists. O pagamento ao artista pelas vendas é semanal, por meio de depósitos bancários internacionais, e o site tem, como o Bandcamp, tem curadoria, com as melhores escolhas dos editores, os mais vendidos, os mais recentes lançamentos... Ou seja, de uma forma ou de outra é possível se promover lá dentro. A sede é nos Estados Unidos, mas a loja realiza entregas, com preços competitivos (a partir de US$ 5), em diversos países, inclusive no Brasil.

SoundCloud.com – Espécie de rede social musical, tem ampla participação dos usuários como curadores, divulgando a música de modo exponencial. Ainda que não seja propriamente uma plataforma de vendas, os usuários premium podem ativar links de vendas que direcionam a sites de e-commerce. O serviço é bastante utilizado por artistas independentes brasileiros. Embora tenha atualizado recentemente sua política de direitos autorais e fechado acordo com gravadoras, a plataforma ainda não realiza o pagamento de direitos autorais de execução pública no Brasil pela modalidade de streaming. O Ecad avalia no momento contatar a empresa no exterior, já que não há sede no Brasil.

PledgeMusic.com – É um híbrido de site de financiamento coletivo e venda direta. Aqui, os fãs podem se envolver desde o início do processo de produção, ajudando na gravação, na prensagem dos discos e na distribuição e ainda pagar para recebê-los. Outra vez, a taxa fica em torno de 15% sobre cada venda. Apesar de o foco ser a música americana, o grupo de rap All-Star, o compositor Jallapão, a cantora Monique Maion e a Banda Black Rio estão por lá. Uma boa promoção do processo nas suas redes sociais é, sem dúvida, garantia de sucesso no projeto (as informações oficiais do site garantem que 90% dos pedidos de vaquinha virtual atingem as metas).

NoiseTrade.com – Aqui, o esquema é mais de marketing do que comercial. A maioria dos músicos recebe apenas uma “gorjeta” (tip) pela venda. O importante, mesmo, é coletar os dados de e-mail e endereço dos fãs e, assim, criar uma base consistente para marketing digital. O site não cobra nada da “gorjeta”. Como o foco é na promoção, é interessante estar na newsletter diária que eles enviam a mais de 1,5 milhão de pessoas todos os dias com dicas de novas descobertas musicais.

E, correndo por fora...

Lojas on-line: iTunes, Amazon, Google Play – Não há dúvida de que a imensa maioria das vendas de música na internet ocorre por estas três grandes lojas. O problema é que é mais burocrático colocar sua música nelas, e as taxas são bem mais altas que as cobradas pelas outras (chegam a 30%). No Brasil, há diversas empresas, os chamados agregadores digitais (veja mais na Revista UBC #18 pagina 10), que fazem a ponte com as lojas e cuidam também da intermediação na hora de distribuir o valor das vendas. Claro que isso tem um custo, que pode ser materializar ou por um percentual extra em cada venda ou por uma assinatura anual, mas pode valer a pena pela grande exposição conseguida nas principais lojas do mercado. Aqui, o esquema não exige tanto envolvimento do independente (os agregadores digitais fazem todo o trabalho) nem, tampouco, permite interação com os compradores, já que os dados de e-mails não são divulgados.


 

 



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