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Rogê contra a intolerância
Publicado em 23/02/2018

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Novo álbum do músico carioca, “Nômade” fala de encontros, de choque cultural, de imigração e da aceitação das diferenças; Sergio Mendes faz participação especial

Do Rio

Foto de Ramon Moreira

Num mundo que vive um novo recrudescimento do racismo, da xenofobia e de políticas excludentes inclusive por parte de Estados avançados, mais tolerância e misturas. Essa é a proposta do novo trabalho do músico carioca Rogê, “Nômade” (Warner), com lançamento previsto para o próximo mês depois de um cuidadoso processo de produção que se estendeu por um ano. Com gravação feita no Rio, finalização em Los Angeles, participação de luxo de Sergio Mendes (na faixa “Lina Linda”) e letras que falam de imigração, refugiados, o choque diante do outro e a aceitação das diferenças, o disco aproveita esse momento complicado — e refletido também, só para ficar num exemplo, no mais recente álbum de Chico Buarque, “Caravanas” — para fazer pensar e provocar.

“O 'Nômade' surgiu da intenção de fazer um disco, uma obra fechada, falando de diásporas, de migrações, de caravanas, de vários povos e épocas. É uma ideia que tive há cinco anos, quando surgiu a possibilidade de eu ir morar fora do pais com minha família. Seria a minha diáspora, e foi o estopim para começar a escrever falando deste tema”, explica Rogê.

Outra parceria de peso é com Arlindo Cruz, na faixa “Imigrante”. A participação do baixista Richard Bona, de Camarões, também é uma declaração de princípios: a ideia é unir referências, nacionalidades, sotaques e culturas neste quinto álbum de estúdio de Rogê. “A gente está vivendo uma crise demográfica e de refugiados intensa, que acaba me fazendo pensar neste disco de uma outra maneira. Músicas que eu tinha feito com outra visão, como é o caso de 'Imigrantes', com Arlindo, ganham uma força gigante. No decorrer da gravação e, principalmente, com o produtor (o carioca Kassin), achamos melhor abrir um pouco esse conceito. Ou seja, o disco não fala exclusivamente sobre isso, mas principalmente disso... É a espinha dorsal. Nós, músicos, e me incluo como músico-artista, somos eternos nômades. Nossa arte, a música brasileira, é aceita universalmente. Como dizia o poeta, 'o artista tem que ir aonde o povo está', conceitua.

O show de lançamento será no próximo dia 16 de abril, no Blue Note Rio, no Rio de Janeiro. Depois, a ideia é levar a turnê para diversas cidades do país. Na página de Rogê no Facebook é possível acompanhar a agenda de shows e mais informações sobre o lançamento.


 

 



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