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Dia Internacional da Música: o que quer escutar? Basta dizer
Publicado em 21/06/2018

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Comandos de voz se popularizam em aplicativos e softwares, e serviços de streaming trabalham para criar tecnologia que permita achar uma música em seu enorme banco de dados unicamente cantarolando algumas notas

De São Paulo

O futuro da criação e do consumo de música não é um caminho único; é uma rede deles, intricada, cheia de bifurcações e becos sem saída. Daí ser complicado tentar adivinhar quais deles a indústria vai efetivamente tomar. Ano passado, a Revista UBC se arriscou e previu cinco tendências de médio/longo prazo — como criação por algoritmos, reprodução de canções em virtualmente qualquer objeto que tenhamos diante de nós ou a impressão de instrumentos musicais sofisticados, inovadores, em impressoras 3D — que mudariam a forma como fazemos e apreciamos a mais universal das artes. Agora, voltamos à carga e lançamos hoje, 21 de junho, Dia Internacional da Música, um vídeo sobre alguns desses caminhos que parecem irreversíveis — tudo pela cabeça de alguns dos nossos associados, que imaginam coisas que parecem ficção científica, mas estão perto de acontecer. 

VEJA MAIS: Artistas respondem sobre o futuro da música

Antes que esse futuro incerto aponte ali na esquina, já há no presente uma tendência, a da integração total entre nós e nossos gadgets (quase extensão dos nossos corpos), que é a chave para essa viagem. Senão, basta observar o que acontece no mundo dos comandos de voz. Pedir música por voz no Spotify já é realidade. Sem alarde, desde março passado, alguns usuários notaram o surgimento de um microfone na barra de busca do aplicativo para iPhone do maior serviço de streaming do planeta. Em vez de digitar o que se quer ouvir, basta dizer. Inclusive, há sugestões, e o algoritmo da plataforma elenca outras canções similares a partir do primeiro pedido.

Se o seu sistema é Android ou Amazon, também é possível fazer isso, usando os respectivos assistentes de voz (aquele acionado com a ordem “Ok, Google”, no caso do primeiro, e a Alexa, no caso do segundo). Ambos acessam a biblioteca do Spotify e trazem a canção.

Esse é o problema. A companhia sueca quer assumir as rédeas da sua própria expansão tecnológica, sem depender de assistentes virtuais de potenciais rivais, como Google, Amazon ou Apple. Por isso, investe milhões de dólares no desenvolvimento de novas ferramentas que facilitem a experiência de audição, principalmente quando o aplicativo está integrado, por exemplo, ao rádio do carro, o que torna o comando de voz muito útil.

Fontes do mercado tecnológico assinalam que a próxima fronteira do Spotify e de rivais como Apple Music e Deezer é localizar músicas em suas extensas bibliotecas através de notas vocalizadas pelos usuários. Ou seja, bastará cantarolar um pouco a música, mesmo que você não tenha ideia do nome dela ou não se lembre de qualquer informação a respeito. Hoje já é possível fazer isso, com limitações, em aplicativos como Midomi ou SoundHound.

A tendência, com o uso de novas tecnologias baseadas em algoritmos, é de uma explosão nos usos potenciais da voz. Cada vez mais, comandos e mensagens antes materializados em letras escritas nos nossos aparelhos se transferem para a voz. Isso, claro, até que estejam disponíveis as primeiras tecnologias de comando mental plenamente usáveis, o que, não se engane, não deve demorar tanto


 

 



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