Se você não conseguir visualizar esta mensagem, clique aqui.

 

01 de julho de 2011  

Caros Associados,

Foi divulgada hoje matéria no jornal O Globo sobre CPI da Alerj com finalidade de apuração de alegadas irregularidades no ECAD e associações que o compõem. Desde o momento em que ficou decidida a instalação da CPI, a imprensa divulgou que o motivo principal seria a fraude praticada por alguém que se filiou à UBC com o nome de Milton Coitinho e alegou ser autor de trechos de trilhas de filmes.

De acordo com a versão que a imprensa deu ao caso, a fraude só teria existido em razão de falhas no ECAD e na UBC, motivo pelo qual se justificaria uma CPI e outros procedimentos de investigação. Em nenhum momento a imprensa tratou o assunto da forma adequada, isto é, a fraude como de fato ela é: um crime doloso a ser apurado através de ação penal pública incondicionada que uma vez comprovado gera pena restritiva de liberdade para o criminoso. Até o momento temos lido explicações e alegações distorcidas que fazem o leitor concluir que o problema não é o crime, mas sim a lei que define certos atos como criminosos.

A matéria publicada pelo jornal O Globo hoje dá mais uma demonstração de como, por motivos e interesses políticos duvidosos, a vítima de um crime pode passar a ser visto como bandido. O Jornal o Globo e outros órgãos da imprensa sabem, desde que foi detectada a fraude, que a UBC tomou todas as providências no sentido de apurar os fatos e punir os responsáveis. Em declaração aos órgãos de comunicação dissemos que pela sofisticação do golpe estava claro que algum funcionário do sistema - podia ser da UBC, do ECAD, ou de qualquer uma das associações que integram o sistema - teria obrigatoriamente de estar envolvido, ou era ele mesmo o responsável pela fraude. Em declaração dada pela Diretora Executiva à imprensa, também publicada, foi afirmado que a UBC agiria com rigor na punição dos responsáveis e a investigação interna não terminaria em "pizza", como acontece com tantas investigações e CPIs em torno do poder público as quais já assistimos.

Por isso, a diretoria da UBC instaurou um processo administrativo através do qual o falso compositor foi excluído do seu quadro social, apresentou notícia crime ao Ministério Publico o que resultou em instauração de inquérito policial já em andamento no Rio de Janeiro. Paralelamente, a UBC seguiu sua investigação interna e apurou detalhes sobre o crime que não poderiam ser revelados sem as devidas provas que só podem ser produzidas dentro do inquérito policial. Além disso, a UBC assumiu sua responsabilidade civil em razão do prejuízo causado aos verdadeiros autores que tiveram minutos de trilhas por eles criadas furtadas por um falsário, devolvendo ao ECAD todos os valores recebidos em nome dele e devidamente repassados ao próprio através de sua Procuradora, a mesma que hoje aparece no jornal com cara de pobre coitada enganada.

Sendo assim, esclarecemos aos nossos associados que a UBC tomou todas as providências necessárias, ressarciu o prejuízo provocado pelo fraudador e aguarda agora o andamento do inquérito policial. Estamos à disposição da polícia para demonstrar todos os fatos apurados internamente. Esclarecemo s ainda que não há nada escondido na UBC, não temos receio de abrir nossas contas. Publicamos nosso balanço anual aprovado em Assembleia Geral que se dá todos os anos durante o mês de março, recolhemos todos os tributos conforme legislação em vigor no país e pagamos regularmente os nossos associados. Estamos abertos e prontos a prestar todas as explicações que forem solicitadas pela polícia no curso da investigação solicitada pela própria UBC.

Por outro lado, não podemos deixar de lamentar a atuação de certos políticos e veículos de comunicação que ao invés de apoiarem a busca da verdade, o esforço em direção à apuração dos fatos e das responsabilidades, como a UBC vem fazendo, prefere partir do pressuposto de que não somos vítimas da fraude, e sim responsáveis pela mesma, como se o cidadão que tem sua casa invadida pelo bandido e é vítima de um furto pudesse ser penalizado por não ter tomado todos os cuidados para impedir a entrada do ladrão.

Ficamos à disposição para esclarecimentos.