Federação das grandes gravadoras e representante das independentes apresentam nesta terça o RDx, um sistema para facilitar o licenciamento de músicas e agilizar o pagamento de direitos de execução pública; entenda
De Londres* e Rio
Um problema antigo do licenciamento de música em nível internacional — a ausência de um banco de dados centralizado que reúna informações sobre gravações — ganha uma iniciativa igualmente global para tentar debelá-lo. A IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica) e a WIN (União Fonográfica Independente), duas entidades de classe que congregam as grandes gravadoras e as independentes, respectivamente, uniram forças para desenvolver o RDx, um sistema que poderá ser acessado tanto pelas empresas discográficas como por companhias que licenciam músicas. Espera-se que a nova ferramenta contribua para agilizar o pagamento aos titulares de direitos autorais de execução pública.
As companhias discográficas sempre usaram diversos processos para fornecer dados sobre gravações às companhias e sociedades licenciadoras. A partir de agora, mediante o registro no RDx, tais usuários poderão consultar os dados num formato padronizado (DDEX MLC). E a sociedade escolhida para administrar o RDx foi a britânica PPL.
Uma grande coalizão de empresas se juntou sob o guarda-chuva da IFPI e da WIN para desenvolver o sistema ao longo de vários anos, entre elas Beggars Group, PIAS, Sony Music Entertainment, Universal Music Group, Warner Music Group, Consolidated Independent/State51) e sociedades de gestão de direitos conexos como PPL, Re:Sound, SENA e Gramex Finland. Espera-se que já no início de 2020 o RDx contemple todos os titulares de direitos e companhias licenciadoras.
“A ideia de um banco de dados mundial centralizado para a música já existe há algum tempo, mas nunca se concretizou na prática. O projeto RDx, hoje apresentado, chega com grandes possibilidades. O engajamento, a experiência, a credibilidade e a abrangência das instituições envolvidas são pontos fortes. A ABMI vem trabalhando em estreita colaboração com os demais interessados para ajudar a tornar este projeto uma realidade", diz Carlos Mills, presidente da ABMI, a Associação Brasileira da Música Independente, membro da WIN.
“O RDx é um exemplo chave de iniciativa que beneficiará a todas as partes envolvidas. Melhorará a eficiência operacional e barateará os custos para os titulares, ao permitir às licenciadoras de música acessar informação de autorização a partir de um único ponto. Isso permitirá uma distribuição mais precisa e rápida das receitas”, crê Franes Moore, diretor-executivo da IFPI.
*Com informações da IFPI