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Documentário é feito entre busca frenética por imagens de Raul Seixas
Publicado em 18/08/2009

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RIO - Mergulhado na vida de Raul Seixas há dois anos, quando recebeu o convite do produtor paulista Denis Feijão e da AF. Cinema e Vídeo, do produtor Alain Fresnot, para documentar a vida do roqueiro baiano no longa O início, o fim e o meio, o cineasta Walter Carvalho corre para aproximar a data de seu lançamento dos 20 anos de morte do coautor de Gita, que se completam nesta sexta-feira ¿ sua previsão é de que o filme esteja nos cinemas no começo do ano que vem. Lidando com um personagem que veio de uma era pré-DVD e cuja carreira combinava momentos de ultraexposição com períodos de longos sumiços, Carvalho ainda precisa vencer a barreira do parco material filmado que há sobre o cantor.


¿ Estamos inclusive pedindo a quem tiver fotos ou filmes do Raul em casa que mande para a produtora (www.afcinema.com.br) ¿ explica Carvalho, acostumado a lidar com os grandes vazios na carreira de Raul. ¿ Depois de 1983, por exemplo, o Raul ficou muito dependente do álcool e parou com os shows. É uma era em que quase não se acha nada dele.


Da Bahia aos EUA


O início, o fim e o meio ajuda a diversificar mais a produção de Carvalho, que se iniciou como assistente de direção de um documentário dirigido pelo irmão Wladimir, O país de São Saruê (1971), e que, recentemente, visitou a sofisticação da obra de Chico Buarque em Budapeste, filme baseado no livro do compositor. Ele explica não ter tido uma relação de fã com o astro.


¿ Nos anos 70 eu ouvia mais MPB. Mas não tem como passar despercebido pelo Raul ¿ afirma o cineasta que, uma vez com a história nas mãos, tratou de diversificar o assunto, convidando inclusive o próprio Caetano Veloso, ¿rival¿ de Raul e de sua banda Os Panteras, na polarização rock-bossa da Bahia, nos anos 60. ¿ Procuramos passar por todas as principais pessoas que tiveram contato com ele, fizemos mais de 90 entrevistas.


Tomando o nome do filme como modelo, as entrevistas partiram da capital da Bahia, onde Raul nasceu, e seguiram para os Estados Unidos. Em Salvador, contaram com uma coprodução local, comandada pelo cineasta Felipe Kowalczuk. Que, além de recuperar um material raro em Super-8 do cantor (em shows com os Panteras, sua primeira banda, e até em seu primeiro casamento), pôs-se a correr atrás de personagens históricos para o próprio rock brasileiro, como o irmão de Raul, Plinio Seixas, e o agitador cultural Waldir Serrão, conhecido como Big Ben.


¿ Ele e o irmão começaram juntos, mas o Plínio desistiu da carreira artística ¿ recorda Kowalczuk, fã de Raul, que se chocou ao encontrar Serrão. ¿ Ele foi um grande agitador do rock na Bahia e hoje está com problemas de saúde, pobre, morando no subúrbio. Quando começa a falar, você vê que ele se transforma imediatamente naquele personagem que era o Big Ben. Fica um retrato triste de como o Brasil trata seus artistas.


Mentor da Oto fala


Já nos EUA foram procurados a ex-mulher Scarlet Seixas, que hoje usa o esotérico nome de Sky Keys, a filha dos dois, Scarlet, e o único neto de Raul, Dakota, de 13 anos; além da filha mais velha, Simone Seixas e do ex-parceiro e ex-cunhado (irmão de Scarlet) Gay Vaquer, que tocou guitarra em discos como Krig-Ha Bandolo! (1973) e dividiu algumas parcerias. Apenas Edith Wisner, primeira mulher do cantor, também americana, não pôde gravar, por problemas de agenda.


¿ Para nós foi uma conquista tê-las no filme. Pouca gente até hoje falou com elas, que são fundamentais para entender o Raul além do sexo, drogas e rock'n'roll ¿ relata Denis Feijão, que, programando o roteiro ao lado de Carvalho e do roteirista Leonardo Gudel, adianta surpresas para quem quer conhecer o lado místico de Raul. ¿ Nós conseguimos encontrar o mentor do Raul na Oto (Ordo Templi Orientis), uma d


 

 



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