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RDx, o novo banco de dados global para gravações, explicado
Publicado em 10/12/2020

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UBC já trabalha para aderir ao sistema que deverá evitar erros e retidos, melhorando arrecadação de direitos conexos

Por Ricardo Silva, de São Paulo

No final de outubro, a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) e a Rede Independente Mundial (WMI), uma entidade que agrega associações representantes de gravadoras indies (entre elas, a brasileira ABMI), anunciaram o lançamento de uma nova base de dados global para unificar e centralizar informações sobre fonogramas. Desde então, o RDx (Repertoire Data Exchange, ou intercâmbio de dados de repertório) vem sendo implementado em grande parte do mundo, permitindo a gravadoras, sociedades de gestão coletiva de direitos conexos e outros players trocar informações sobre gravações de modo mais acurado, o que garante melhor confiabilidade – e, não menos importante, melhora a arrecadação dos titulares. 

Em nota enviada à UBC, a IFPI afirma que o RDx é uma ferramenta-chave na estratégia da indústria fonográfica global para aprimorar o gerenciamento de dados musicais. Ao centralizar dados sobre fonogramas num único lugar, o sistema evitará erros de identificação, duplicidade, créditos retidos e outros problemas decorrentes do modelo anterior, amparado em múltiplos bancos de dados espalhados por diversos países.

“As gravadoras continuam a investir e melhorar a precisão e a gestão de dados relativos às gravações. O RDx é um exemplo bem acabado de uma iniciativa que beneficiará a todos no mercado. Melhorará a administração dos dados e diminuirá os custos para os titulares de direitos, permitindo às sociedades de gestão coletiva obter dados num mesmo lugar, o que derivará em melhores arrecadações e distribuições de valores”, prevê Frances Moore, diretor-executivo da IFPI. 

Grandes grupos discográficos internacionais já aderiram ao sistema, entre eles Sony Music, Universal Music Group e Warner Music Group, além do Beggars Group e do state51 Music Group. E sociedades de gestão coletiva de direitos conexos, como GRAMEX (Finlândia), PPL (Reino Unido), Re: Sound (Canadá) e SENA (Holanda) foram as primeiras a aderir. A UBC, que, além de direitos autorais, também cresce na gestão de direitos conexos, já trabalha para começar a utilizá-lo nos próximos meses.

Peter Strauss, gerente do departamento Internacional e de Licenciamento da UBC, explica em que exatamente o novo sistema melhorará o trabalho de identificação de fonogramas utilizados por usuários variados: 

“O RDx atende uma demanda de muito tempo do mercado e dos titulares por uma base centralizada. Essas coisas são difíceis de montar porque há muitos interesses e partes envolvidos. A base centralizada é de fonogramas. A intenção é que cada produtor fonográfico que produza um fonograma seja capaz de subir os dados ao RDx para, a partir dali, disseminar-se globalmente – para sociedades, escritórios de uma mesma gravadora em diferentes países e provedores de serviços digitais, como plataformas de streaming. Antes, você tinha uma situação estranha na qual o escritório local de uma major mandava o dado sobre uma gravação para a matriz, que distribuía a informação a cada um dos outros escritórios locais, que se encarregariam de cadastrar o fonograma na sociedade arrecadadora local e cuidar da relação com as plataformas localmente. Era um caminho tortuoso que, frequentemente, derivava em erros. Não era eficaz”, ele diz. 

Agora, ao ter um banco de dados único que centralize tudo, a tendência é que tudo funcione bem melhor, afirma Strauss. “A UBC obviamente tem interesse nisso porque representa produtores majors e independentes. Tem que estar todo mundo com o mesmo dado. Temos feito um investimento contínuo em direitos conexos (de intérpretes, músicos e produtores fonográficos), temos departamento dedicado a isso já faz um tempo. Então, fica interessante (aderir ao RDx) para ter celeridade, liberar retidos e até evitar que eles aconteçam. É um projeto em desenvolvimento.”

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