Nossos filiados se destacaram em diversas categorias em língua portuguesa no prêmio mais famoso do continente; confira
De Madri
Xênia França segura seu troféu: melhor álbum pop contemporâneo. Foto: reprodução RTVE
Num ano em que, uma vez mais, os associados da UBC tiveram fortíssima presença nas indicações aos prêmios em língua portuguesa do Grammy Latino, deu a lógica: vitória dos nossos filiados em várias categorias. Em cerimônia realizada pela primeira vez fora dos Estados Unidos, na noite de quinta (16), direto de Sevilha, na Espanha, os brasileiros vencedores foram anunciados antes da festa principal, um recurso que já vem sendo usado pela organização há alguns anos para reduzir a duração da entrega.
O melhor álbum pop contemporâneo em português foi para “Em Nome da Estrela”, de Xênia França — numa categoria que era 100% UBC entre os indicados (os outros eram Bryan Behr, Hodari, Melim e Rubel).
O melhor álbum de rock ou música alternativa em português foi “Jardineiros”, do Planet Hemp. E, outra vez, tratava-se de uma categoria esmagadoramente UBC: os demais concorrentes eram Lô Borges, Rachel Reis, Tulipa Ruiz e Titãs (banda que tem grande parte de seus integrantes ou ex-integrantes filiados à associação).
Na categoria álbum de música de raiz em português — que tinha a simpática participação da lisboeta Carminho, com o disco “Portuguesa” —, deu a associada Gaby Amarantos, com “TecnoShow”. Outros associados que concorriam eram João Gomes, Elba Ramalho e Gabriel Sater.
Gaby Amarantos durante a entrega do prêmio de melhor álbum de raiz. Reprodução Latin Grammy
A melhor canção em língua portuguesa foi “Tudo Que a Fé Pode Tocar”, parceria da associada Duda Rodrigues com Tiago Iorc, escrita e interpretada por ambos.
Já a melhor interpretação urbana em português foi para “Distopia”, de Planet Hemp e Criolo, uma canção escrita por BNegão, Marcelo D2 e Nave.
O cantor Daniel foi indicado na categoria “Melhor Álbum de Música Sertaneja” com o trabalho “Daniel 40 anos Celebra João Paulo e Daniel“. Apesar de não ter vencido, ele agradeceu e celebrou o projeto em suas redes sociais:
"Enquanto eu souber que minha música está atingindo o coração de alguém, fazendo a diferença na vida de alguém, eu quero me permitir ser instrumento de paz, de saúde, de felicidade, de esperança e de amor, através da música."
Outros brasileiros — a maioria associados — concorreram na disputa geral, que envolveu também os artistas hispânicos, com a cantora e compositora pernambucana Natascha Falcão nomeada como artista revelação, e Hamilton de Holanda, Thiago Rabello e Salomão Soares concorrendo a melhor álbum de jazz latino, por “Flying Chicken”.
De um modo geral, a diversidade dos associados indicados em 2023 chamou a atenção: poucos estiveram em mais de uma categoria, o que permitiu que dezenas de nomes fossem representados.
BNegão e Marcelo D2: seu Planet Hemp foi duplamente premiado. Foto: Reprodução Latin Grammy
Entre os artistas hispânicos, as grandes vitoriosas foram as mulheres: a mexicana Natalia Lafourcade e as colombianas Shakira e Karol G dividiram alguns dos principais prêmios de uma festa que tinha vários espanhóis indicados, mas poucos premiados — e que sagrou o pop suave de Lafourcade, uma nota dissonante entre tantos reguetóns e outros gêneros urbanos que vêm dominando a premiação nos últimos anos. Ela levou o prêmio principal da noite, melhor gravação, por "De Todas Las Flores", composta por ela e por Adam Jodorowsky e produzida por Gerardo Ordóñez; e também foi dela o gramofone de ouro ao melhor álbum de cantor e compositor. Já o prêmio de compositor do ano ficou com o estadunidense Édgar Barrera, criador de dezenas de hits para nomes como Christina Aguilera, Chayanne e Christian Nodal.
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