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Spotify fecha 2023 com recorde de 236 milhões de assinantes premium
Publicado em 06/02/2024

Número surpreende o mercado, que responde com forte alta das ações em Nova York e São Paulo

Do Rio

Pessoas passam em frente à sede do Spotify, em Estocolmo: números positivos surpreenderam. Foto: Shutterstock

O Spotify está divulgando nesta terça (6) seus resultados financeiros do quarto e último trimestre de 2023, e o número de assinantes premium surpreendeu: 236 milhões pagam para usar a maior plataforma de streaming em todo o mundo. São 15% mais que os 205 milhões do fim de 2022 e uma cifra acima da esperada pelo mercado, que já reage com uma alta de mais de 7% da pré-abertura da Bolsa de Nova York.

Só no último trimestre foram adicionados 10 milhões de assinantes pagos à plataforma, uma aceleração em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Já o total de usuários ativos mensais passou pela primeira vez de 600 milhões - alcançando 602 milhões, aumento de 23% em relação aos 489 milhões de um ano antes.

As receitas também cresceram forte: 16% em relação a 2022, gerando € 3,67 bilhões (R$ 19,6 bilhões) só nos três meses entre outubro e dezembro de 2023. No total anual, as receitas foram de € 13,247 bilhões (R$ 70,7 bilhões), recorde histórico.

Depois de registrar um lucro operacional de € 32 milhões (R$ 170 milhões) no terceiro trimestre, a plataforma voltou a ter prejuízo operacional na parte final do ano: € 75 milhões (cerca de R$ 400 milhões) no vermelho.

Este último dado, pela reação das bolsas (em São Paulo, a alta nesta terça também é superior a 7%), não diminuiu o humor do mercado. Como explicou o especialista em mercado digital Leonardo De Marchi ao site da UBC em outras ocasiões, o Spotify é uma das mais festejadas empresas do setor musical pelo mercado financeiro. Mesmo com prejuízos operacionais, continua a apresentar promessas de fortes expansões em sua base de assinantes (o que se confirmou pelos números divulgados hoje) e, por isso, deverá continuar a gozar da boa-vontade dos investidores.

Um trecho do comunicado do Spotify ao mercado, particularmente, serviu para animar as negociações das ações do gigante sueco: aquele em que revela que parte do prejuízo operacional se deve ao fato de ter gastado € 143 milhões (R$ 763 milhões) para demitir mais de dois mil funcionários em todo o mundo. O enxugamento das operações era uma demanda dos investidores para manter suas apostas na plataforma.

Outro dado de destaque no relatório é aquele que diz que a América Latina foi uma das regiões que lideraram a expansão de assinantes premium, representando 22% do total deles (atrás de Europa, com 38%, e EUA, com 27%). Já entre os usuários totais, a região chamada pelo Spotify de “Resto do Mundo” (ou seja, todos os mercados fora da Europa e dos EUA) foi a que mais cresceu, saltando de 16% para 32% em apenas um ano. O desafio da plataforma, agora, é convencer esse enorme contingente a pagar, já que Resto do Mundo só representa 13% dos assinantes premium.

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