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O ziriguidum internacional de Aline Calixto
Publicado em 15/04/2016

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Carioca criada em Minas, ela faz barulho com seu trabalho e dá dica a artistas que querem participar de festivais lá fora: recorrer a editais

Por Fabiane Pereira, do Rio

Aline Calixto é carioca mas se mudou para Minas Gerais ainda criança. O samba ela traz no sangue. Desde seu primeiro disco, em 2009, não para de colher simpatias, do público e da crítica, num bem-sucedido trabalho de construção de carreira coroado por seu terceiro trabalho, “Meu Ziriguidum”, lançado no fim de 2015. No álbum, ela explora com competência a faceta compositora, muitíssimo bem ilustrada pela faixa-título, parceria com Gabriel Moura.

Além do disco, Aline Calixto fez sua estreia como locutora de rádio. Desde fevereiro ela apresenta o programa “Papo de Samba”, transmitido pela Inconfidência (FM 100,9 Mhz), de BH, todos os domingos, às 11h. Ocupando um horário nobre no dial de uma das rádios mais prestigiadas do país, a artista conta que a ideia do programa é promover encontros de bambas: “Estreamos logo após o carnaval, e o objetivo é abrir espaço para o samba. Aquele cantado em todas as épocas por bambas, veteranos ou novos. Além de entrevistas com artistas e profissionais ligados direta ou indiretamente ao gênero, eu também dou dicas de leituras semanais sobre o tema”, conta, empolgada.

Mas a empolgação da carioca-mineirinha não se deve só ao disco ou ao programa de rádio. Recém-chegada de Paris, Aline Calixto celebra o sucesso da miniturnê europeia. “É muito bom poder levar nossa música a outros cantos do mundo. A França particularmente é um lugar que me encanta por diversos motivos. Já toquei lá outras três vezes e, sempre que retorno, é um carinho imenso, tanto dos franceses como dos brasileiros que vivem por lá. Desta vez eu me apresentei num grande festival de música brasileira chamado Ai Que Bom. Ele se tornou referência por causa do forró, mas este ano, pela primeira vez, abriu suas portas para outros gêneros, e pude mostrar um pouco do nosso samba mineirado. Acho que agradou.”

O festival citado por Aline Calixto é apenas um dos inúmeros eventos musicais que recepcionam muito bem a nova música contemporânea brasileira. “De uns anos pra cá, o mercado internacional se abriu muito para a chamada 'nova MPB'. Esta safra de músicos é recheada de talentos, e a música, quando é boa, extrapola fronteiras. Outro fator que favoreceu muito essa nova exportação foi a democratização do acesso aos editais de fomento à cultura. Muitos festivais querem em seu line-up representantes da música brasileira, mas nem todos conseguem arcar com os custos. Então, o grande diferencial foi facilitar o acessos aos editais, ajudando a promover nossa circulação”, explica.

Com tantas novidades, será que Aline ainda tem planos extras para 2016? “Estou envolvida com a produção de um trabalho muito legal”, ela antecipa, “mas como só vou lançá-lo em 2017. Então não vou contar para não estragar a surpresa.”

 


 

 



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