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Homenagem a Gonzaguinha marca Prêmio da Música Brasileira
Publicado em 22/06/2016

Cerimônia incluirá canções do nosso histórico associado interpretadas por outros grandes nomes da UBC, como Gilberto Gil, João Bosco, Ney Matogrosso. Filhos do compositor, Fernanda Gonzaga, Daniel Gonzaga e Amora Pêra também participarão do tributo

Por Fabiane Pereira, do Rio

Hoje, dezenas de artistas de diferentes gerações subirão ao palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro para celebrar um grande nome da nossa arte, o pernambucano Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, o Gonzaguinha, histórico associado da UBC e morto precocemente há 25 anos. O tributo, durante a entrega do Prêmio da Música Brasileira, será liderado por mestres (e também associados da nossa entidade) como Gilberto Gil, João Bosco e Ney Matogrosso, que, ao lado de outros bambas, farão interpretações pessoais de obras conhecidas do filho de Luiz Gonzaga.  

Todo o eixo principal da cerimônia de entrega dos troféus aos melhores da música nacional em 16 categorias (confira abaixo a lista dos indicados que são associados da UBC) será calcado na vida e na obra de Gonzaguinha, o que inclui a presença do ator Júlio Andrade, intérprete do homenageado no longa-metragem “Gonzaga – De Pai para Filho”, como mestre de cerimônias ao lado da atriz Dira Paes. Com direção geral de José Maurício Machline e musical do maestro João Carlos Coutinho, o evento terá dez números musicais. Gil, Bosco e Lenine interpretarão “Galope” juntos. Ney dará voz ao sucesso "Explode Coração".

Lenine, conterrâneo de Gonzaguinha, diz ao site da UBC que o compositor foi uma das maiores influências da sua geração. "Ele nos impregnou de curiosidade com seu trabalho autoral, de cantar o que se compõe. Gonzaguinha, junto com João Bosco, Aldir Blanc, Ivan Lins, Taiguara e Djavan, com suas respectivas assinaturas, ajudou a me definir”, afirma.

Daniel Gonzaga, Fernanda Gonzaga e Amora Pêra, filhos do homenageado, vão cantar juntos a canção imortalizada por Elis Regina nos anos 80 "Redescobrir". Amora chama a homenagem de evocação, uma comemoração em sentido estrito – uma grande e coletiva lembrança do pai no palco. "Evocar Luizinho num momento tão prenhe de mudança do Brasil, dar voz a ele nesse momento, é voltar a ter voz também porque a obra dele é parte da construção de um determinado Brasil. Um cara que foi estritamente afetado pelos acontecimentos e batalhas coletivas. Um cara que tecia uma imensa crença no poder que nosso povo tem de união, de transformação e de mobilização e luta. Acho que essa contundência toda, palavra que uso muito para ele, vem somada a uma distribuição de amor e respeito e honestidade que são muito fortalecedores”, descreve a filha.

O diretor musical do prêmio justifica a homenagem: "Gonzaguinha era um compositor genial, e suas músicas são palatáveis em qualquer época. Hoje você ouve a obra dele, e, de tão atual que é, parece que foi composta ontem.”

Morto em 1991, num acidente automobilístico, o cantor e compositor teve suas músicas gravadas por muitos dos grandes intérpretes da MPB e ficou marcado como um inteligente e prolífico opositor à ditadura militar. O Prêmio da Música Brasileira vai relembrar momentos marcantes de sua trajetória por meio de encenações no palco protagonizados por Dira, na pele de Dina, mãe de criação de Gonzaguinha - ele foi adotado por Luiz Gonzaga e sua esposa -, e por Júlio, que viverá mais uma vez o papel do compositor. Zélia Duncan assina o roteiro, e Gringo Cardia, a cenografia e direção de arte.

Confira abaixo a lista dos indicados associados à UBC. A lista completa está no site oficial da premiação.

Adriana Calcanhotto: Melhor DVD por “Loucura – Adriana Calcanhotto Canta Lupicínio Rodrigues”.

Alessandra Leão: Melhor cantora regional por “Língua”.

Alice Coutinho: Melhor canção por “Mulher do Fim do Mundo”.

Cauby Peixoto: Melhor álbum em língua estrangeira por “Cauby Sings Nat King Cole”.

Djavan: Melhor cantor de MPB por “Vidas Para Contar”.

Elba Ramalho: Melhor álbum e melhor cantora de MPB por “Do Meu Olhar Pra Fora”, além de melhor álbum e melhor cantora regional por “Cordas, Gonzagas e Afins (Sagrama e Encore)”.

Fafá de Belém: Melhor álbum e melhor cantora de canção popular por “Do Tamanho Certo Para o Meu Sorriso”.

Felipe Cordeiro: Melhor álbum de canção popular pela produção de “Do Tamanho Certo Para o Meu Sorriso”.

Gal Costa: Melhor cantora de pop/rock/reggae/hiphop/funk por “Estratatosférica”.

Gilberto Gil: Melhor DVD, melhor cantor e melhor álbum de MPB por “Dois Amigos, Um Século de Música”.

Karin Fernandes: Melhor álbum erudito pela interpretação e pela produção de “Seresta, Choro e Homenagem a Fructuoso Vianna”.

Luiz Caldas: Melhor cantor de canção popular por “Cassino”.

Moacyr Luz e Samba do Trabalhador: Melhor álbum e melhor grupo de samba por “Moacyr Luz e Samba do Trabalhador – 10 anos e outros sambas”.

Novíssimos: Melhor grupo de MPB por “Um”.

Palavra Cantada: Melhor álbum infantil por “Para Ficar Com Você”.

Pau Brasil: Melhor grupo instrumental por “Daqui”.

Rogério Caetano: Melhor álbum instrumental pela produção de “Tocata à Amizade”.

Rômulo Fróes: Melhor canção por “Mulher do Fim do Mundo”.

Sérgio Reis: Melhor cantor regional por “Amizade Sincera II”.

Simone Mazzer: Melhor cantora de pop/rock/reggae/hiphop/funk por “Férias em videotape”.

Tiganá Santana: Melhor álbum de MPB pela produção de “Mama Kalunga”, de Virgínia Rodrigues.

Tulipa Ruiz: Melhor projeto visual por “Dancê”.

Vander Lee: Melhor cantor de canção popular por “#g”.

Yuri Queiroga: Melhor álbum de MPB pela produção de “Do Meu Olhar Pra Fora”, de Elba Ramalho.

Zeca Baleiro: Melhor canção por “Antes do Mundo Acabar”, melhor projeto especial e melhor projeto visual por ”Café no Bule”.

Zélia Duncan: Melhor canção, melhor projeto visual e melhor álbum e cantora de samba por “Antes do Mundo Acabar”.
Boa sorte a todos!


 

 



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