Nelson Motta é homenageado pelo conjunto da obra em premiação que celebra ainda o mexicano Juan Gabriel, o cubano Marc Anthony e os colombianos Shakira e Carlos Vives
Do Rio
O diretor executivo da UBC e vice-presidente do Conselho do Grammy Latino Marcelo Castello Branco entregou prêmio especial ao compositor Nelson Motta.
A música produzida na América Latina teve noite de festa ontem (17-11), com a entrega da 17ª edição do Grammy Latino, e não faltaram premiados brasileiros nas categorias gerais. O principal deles foi o associado da UBC Hamilton de Holanda, que saiu da cerimônia, em Las Vegas (EUA), com o troféu de melhor álbum instrumental do ano, “Samba de Chico”, uma homenagem ao também associado da UBC Chico Buarque e ao próprio samba, cuja primeira gravação completa cem anos no início de 2017.
O álbum “Tropix”, lançado por Céu, levou o prêmio de melhor engenharia de som, numa noite que teve o cantautor mexicano Juan Gabriel, morto em agosto passado, como vencedor póstumo das categorias melhor álbum e melhor álbum pop vocal tradicional, com “Los Dúo 2”. A cantora colombiana Shakira dividiu os prêmios de melhor canção e melhor gravação (“La Bicicleta”) com o conterrâneo Carlos Vives.
Antes da cerimônia, ainda na tarde de quinta-feira, o associado Nelson Motta foi homenageado pelo conjunto da obra, recebendo das mãos de Marcelo Castello Branco, diretor-executivo da UBC e vice-presidente do Conselho do Grammy Latino, o Prêmio Especial do Conselho Diretor da América Latina. Em seu discurso de agradecimento, o produtor, compositor, tradutor e letrista afirmou que “a música foi protagonista e caminho para várias formas de arte” e contou que chegou a cogitar um caminho como instrumentista ou cantor: “Na minha adolescência quis ser músico mas logo entendi que minha maneira de contribuir seria outra.”
Para Marcelo, a escolha foi mais do que acertada: “Nelson Motta é um grande merecedor de um prêmio que consagra uma vida dedicada à música. Nelson é de tudo, e muito: multimídia, vanguarda, compositor, produtor, escritor, visionário.”
Confira a entrevista (em espanhol) com Nelson Motta após a entrega do prêmio:
Outros agraciados com o troféu foram o cantor e compositor nicaraguense Carlos Mejía Godoy e o pianista, compositor e diplomata dominicano Rafael Solano Sánchez. Pela primeira vez, o Grammy Latino entregou ainda o troféu de Pessoa do Ano, e o escolhido foi o cantor e compositor cubano Marc Anthony.
Com grande participação nacional entre os indicados às categorias gerais, que incluem toda a América Latina, o Brasil experimentou, na visão de Marcelo Castello Branco, uma presença renovadora. “A edição do Latin Grammy este ano foi marcada por um olhar de renovação da música brasileira, com a presença em Las Vegas de artistas jovens como Céu, Emicida, Scalene, o sertanejo João Vitor e outros. A integração do Brasil como parte da América Latina é o foco, e a oportunidade de troca é sempre importante”, ele avaliou.
Nas categorias brasileiras, Céu levou o prêmio de melhor álbum de pop contemporâneo, com “Tropix”. A banda brasiliense Scalene, como Marcelo mencionou, dividiu o prêmio de melhor álbum de rock (“Éter”) com Ian Ramil (e seu disco “Desrivacivilização”). E Djavan, indicado a quatro prêmios, saiu com o de melhor canção, “Vidas Pra Contar”. Parabéns a todos!
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