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Feliz Dia do Compositor Brasileiro!
Publicado em 07/10/2017

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Relembre a origem da celebração desta data no país e leia um papo com Rogério Enóy, o autor associado da UBC com mais canções registradas

 

Por Camila Salles, de Salvador

 

O Brasil é berço de grandes compositores, que têm papel vital na nossa cultura ao traduzir a alma humana, preencher grandes e pequenos momentos, despertar emoções. Em homenagem a eles é celebrado hoje, 7 de outubro, o Dia do Compositor Brasileiro. E que, este ano, abre uma série de homenagens da UBC a esses pilares fundamentais da nossa música e das artes, como o Prêmio UBC, ações de valorização ao compositor nas redes sociais e uma parceria inédita com o site de letras de músicas, Vagalume, para verificar se a autoria das músicas mais acessadas está correta.

Mas sabe qual a origem desta data?

Pois é, não muita gente sabe que ela foi criada em 1948 pelo saudoso cantor e compositor Herivelto Martins, que fez parte da diretoria da UBC nos anos 40. A atriz Yaçanã Martins, sua filha (na foto, com ele, durante seu aniversário de 80 anos, em 1992), conta que cresceu entre histórias de luta pelos direitos da classe contadas — e vividas — pelo pai. “Ele não só criou a data como fundou a União Brasileira de Compositores e ajudou a regulamentar a profissão. Pixinguinha cruzava com ele na rua e dizia: ‘devo a minha aposentadoria a esse homem’. Ele foi muito importante, foi um grande político sem ser político”, afirma a artista.

Para Yaçanã, era comum conviver com músicos como Ary Barroso, Dorival Caymmi e Nelson Gonçalves. “Eram amigos do papai. Tem muita coisa que eu vivi sem me dar conta, na época, que estava vivendo a história”, conta. Ela explica que não sabe por que Herivelto escolheu esta data para celebrar o Dia do Compositor Brasileiro, mas tem um palpite: “Papai era espírita. Pode ter escolhido o sete porque esse é um número mágico.”

Em 1983, o deputado Cunha Bueno apresentou o projeto de Lei 581/83, com o objetivo de oficializar o 7 de outubro de Herivelto como “o Dia do Compositor, a ser celebrado (…) em todo o território nacional”. De acordo com o documento, o dia foi festejado até 1980 apenas no Rio de Janeiro e, no ano seguinte, passou a ser celebrado também em São Paulo. A proposta do projeto era a de elevar essa comemoração a todo o país.

O projeto foi arquivado em 1989, por conta da Resolução 6/89, da Câmara dos Deputados, que definiu a extinção das proposições anteriores à redemocratização e ainda em tramitação. Mas a celebração informal se manteve — afinal, nunca é demais homenagear aqueles que criam a nossa música, uma das manifestações culturais mais fortemente associadas ao Brasil.

 

Rogério Enóy, o recordista

Ele tem 3.615 canções cadastradas na UBC — e mais de cinco mil compostas. Sua cabeça é uma fábrica de composições, e suas letras e melodias estouraram nas décadas de 80 e 90, com a apresentadora Xuxa.

“Conheci a Xuxa quando ela era do 'Clube da Criança', na Manchete. Percebi que muita coisa que ela falava eu poderia musicar. Quando eu lhe mostrei, ela achou interessante e me pediu que fizesse uma abertura para o novo programa dela na Globo”, conta Rogério. Ele se refere ao tema “Amiguinha Xuxa”, que compôs em parceria com Messias Corrêa e virou música-tema da chegada de Xuxa na nave, a partir de 1986.

O cantor e compositor lembra que começou a participar de festivais de música aos 10 anos, com grande influência e apoio do pai, o também artista Chiquinho Enóe. “Segundo meu pai, com 4 anos eu já pegava o violão para cantarolar. Aprendi sozinho, vendo-o tocar”, diz. No total, são 43 anos de carreira – o que significa, matematicamente, que Rogério compôs, ao longo desse período, uma música a cada três dias. Tem trilhas no acervo da TV Globo e diversos jingles gravados. Entre as boas memórias, está a de tocar violão com Pelé, que conheceu através de Xuxa. Outra pessoa que admira é o lutador Anderson Silva, para quem entregou, recentemente, nove trilhas a serem ouvidas antes de entrar no octógono. “Fiz um trabalho bem preparado, estudado, com frequência, para vibrar a energia dele com o público”, explica.

Rogério conta que a inspiração vem do cotidiano. Começou a compor a música “Mãe, Palavrinha Mágica”, também para a Xuxa, na fila do banco. “Eu estava lá e, de repente, me veio a ideia do refrão. Deixei as contas para lá, peguei um gravador que andava sempre comigo e comecei a cantarolar o refrão”, lembra. Para os compositores brasileiros que buscam consolidação da carreira, a dica é persistir. “Não foi nada fácil começar, mas é preciso ter certeza de que você pode conseguir, através do seu talento e sua força de vontade”, afirma.
 

As atividades

Acompanhe nas redes sociais buscando pela hashtag #PorQuemCompõe as ações em celebração ao compositor brasileiro. 


 

 



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