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Nação asiática é uma das que mais consomem mídias físicas; há poucos dias, o país e o mundo perderam o compositor Ryuichi Sakamoto

De Berlim e Tóquio*

Foto: divulgação JASRAC

^{Björn Ulvaeus e o primeiro-ministro Kishida, no centro, entre membros da JASRAC e da Cisac e autoridades, terça-feira (4), em Tóquio}

Segundo maior mercado global de música gravada — atrás apenas dos EUA —, o Japão está no centro de uma ação da Cisac, a Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores, para visibilizar os direitos autorais no universo digital. 

Nesta terça-feira (4), o presidente da entidade, Björn Ulvaeus, se encontrou com o primeiro-ministro nipônico, Fumio Kishida, e o comissário de cultura do país, Shunichi Tokura, em Tóquio. Na agenda, as medidas tomadas nos últimos anos para proteger os direitos dos criadores no streaming, num país que ainda é um dos maiores consumidores mundiais de mídias físicas, segundo o mais recente relatório da IFPI.

Amanhã, quinta-feira (6), o tema aparecerá num webinar transmitido ao vivo. Com a participação de Ulvaeus, além de Gadi Oron (diretor-executivo da Cisac), do compositor e produtor musical Kanata Okajima e do presidente da sociedade de gestão coletiva japonesa JASRAC, Kazumasa Isawa, o debate começará às 14h30 de Tóquio (2h30 da madrugada em Brasília), com previsão de durar cerca de duas horas. Além da transmissão no canal do YouTube da Cisac, o evento ficará gravado e estará disponível para quem não puder acompanhá-lo ao vivo.

O foco no Japão ocorre poucos dias depois da morte do monumental Ryuichi Sakamoto. Um dos maiores compositores de trilhas sonoras de todos os tempos, ele foi um pioneiro mundial do synth-pop. Suas músicas originais para filmes de Pedro Almodóvar ("De Salto Alto"), Brian De Palma ("Olhos de Serpente") e Bernardo Bertolucci ("O Último Imperador", trilha vencedora do Oscar) marcaram época. 

Há anos, Sakamoto lutava contra diferentes cânceres, primeiro na garganta; depois, no cólon; por fim, uma metástase. Como deixou claro em várias entrevistas recentes, não deixou de trabalhar e criar até o fim. Sua morte, ocorrida na terça-feira da semana passada, foi anunciada nos seus perfis nas redes sociais somente no último domingo (2).

*Com informações da Cisac

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