Instagram Feed

ubcmusica

No

cias

Notícias

Projeto Impulso 2.0 chega ao fim: confira tudo o que rolou
Publicado em 08/05/2023

Iniciativa que durou um ano promoveu a aceleração de carreiras de cinco artistas associados 

Por Akemy Morimoto, do Rio 

Um ano de projeto, mais de 60 mentorias com grandes nomes do mercado da música, cinco entrevista para rádio, um showcase com todos os impulsionados e muito networking. Esse é o saldo mais que positivo do Impulso 2.0, segunda edição do projeto de aceleração de carreiras da UBC. Em parceria com o orientador da iniciativa Iuri Freiberger e a fintech cultural Noodle, o programa impactou cerca de mil artistas desde a primeira fase. Para os cinco “impulsionados”, título dado aos artistas que passaram para a etapa final, o programa foi parte essencial para lapidação de suas carreiras no mercado musical. 
 
Doce Delix, Iris da Selva, Laura Schadeck, Martte e Victor Mus foram os artistas vencedores do Impulso, após duas etapas com materiais exclusivos, quizzes, mentorias coletivas e análise de funcionários e parceiros da UBC de todas as regiões do Brasil. Como parte fundamental da premiação, desde agosto do ano passado, os impulsionados vêm recebendo mentorias individuais e personalizadas com profissionais renomados do mercado da música, como Marina Mattoso (sócia da agência de marketing Jangada, coordenadora no Music Rio Academy e colunista POPline.Biz MM), Fabiane Costa (coordenadora Artística do Espaço Favela do Rock in Rio, factory do The Town e diretora Artística da Leve Criações) e Kamilla Fialho (CEO da K2L). 


Laura Schadeck apresentando seu pocket show na SIM SP | Foto: Flávia Marcatti 

“O projeto (Impulso) foi fundamental para criar conexões e diálogos extremamente válidos com pessoas da indústria com muita bagagem. Pra mim, o projeto representa um passo a mais pra independência por trás dos palcos, entender nos detalhes como cada parte funciona é vital para uma boa tomada de decisões”, conta a impulsionada Laura Schadeck. 

Para Pablo Bispo, compositor, produtor e mentor do Impulso, a troca foi única e muito especial: 

“Queria primeiramente parabenizar a UBC, porque todos os artistas impulsionados eram incríveis. Foi uma delícia, os encontros foram incríveis. Eu fiquei muito feliz de ver que não eram artistas superficiais. Eram artistas que realmente tinham uma narrativa muito bonita pra onde ir, pra onde tocar, de histórias e tudo mais... Há oito anos atrás, a gente não veria isso, principalmente em uma ‘parada’/projeto grande assim, sabe? Eu me sinto grato pela oportunidade de poder ajudar, porque este é o movimento que eu quero na minha carreira como legado, nunca como hit e só uma música, e sim como a gente pode mudar a indústria, a sociedade através da música, da arte, da cultura”, conta o mentor. 

 


O duo Doce Delix espalhando toda a sua doçura no Coquetel UBC na SIM SP | Foto: Flávia Marcatti 

Os vencedores também participaram de entrevistas para a Rádio Nova Brasil, comandado pela jornalista Fabiane Pereira, e falaram sobre suas trajetórias na música. Para o duo Doce Delix, bate-papo foi muito importante para suas carreiras. 

“Foi incrível conhecer a Fabiane Pereira e receber um feedback tão carinhoso dela sobre o nosso trabalho. Também tivemos a oportunidade de conversar sobre a nossa trajetória artística e trocar ideias sobre a cena da música independente brasileira, além de ter a nossa música "Turmalina" tocando na programação da rádio”, conta Tiago. “Há muito tempo acompanhávamos o Faro e ter a oportunidade de participar do programa foi um marco em nossa carreira. Essa foi a primeira vez que fomos entrevistados em uma rádio de grande alcance, como a Nova Brasil FM”, complementa Gabriel. 

A dupla, anteriormente conhecida como Dulcineia, percebeu a necessidade de mudança de nome artístico após uma sequência de mentorias do Impulso na fase três. 

“A partir de três mentorias, com três mentores diferentes, eles entenderam que precisavam criar um nome que fosse mais plausível dentro do universo da comunicação digital. O nome Dulcineia é superdifícil, por exemplo, de ser procurado no Google para fazer uma relação direta com os artistas. Eles conseguiram projetar um nome que tem uma qualidade mais única como ‘Doce Delix’, mantendo ainda a essência do nome ‘Dulcinéia’, da palavra ‘dulce’ em espanhol, de ser um tipo de música mais doce, um tipo de discurso mais sensível que a banda traz em seu repertório", revela o orientador do projeto Iuri Freiberger. 

Como ação de encerramento do projeto, a UBC convidou os impulsionados para performarem na SIM São Paulo, em janeiro. Os artistas subiram ao palco e apresentaram seus pockets shows de frente pra uma audiência qualificada do mercado da música brasileira nacional e internacional. Com uma banda montada especialmente para acompanhá-los no evento, cada artista apresentou seu video pitching e soltou a voz para o público presente. Para Martte, a experiência foi única.

“Eu sempre tive interesse em estar ali, então, estar lá pela primeira vez já me apresentando foi icônico, de fato. Fiz muito networking, conheci muitas pessoas que agora estão conectadas à minha carreira, pessoas que eu já admirava. Recebi vários feedbacks positivos, foi também a minha primeira apresentação com banda, então, foram vários marcos positivos e muito legais para a minha carreira. Tudo isso graças ao Projeto Impulso da UBC, que eu sou muito grato”, afirma o paulista 


Martte em sua performance animada e contagiante no palco UBC | Foto: Flávia Marcatti 

Parceira do projeto, a Noodle vai realizar uma análise de crédito individual para cada artista com condições especiais. Os valores devem começar na casa dos R$15 mil, mas podem crescer conforme a evolução na relação entre o artista e a fintech. 

“A noodle é uma empresa de tecnologia financeira que busca criar um mercado mais justo e acessível. Acreditamos que a capacitação dos profissionais da indústria é uma poderosa ferramenta para acelerar os resultados positivos que buscamos. Colaborar com uma sociedade de 80 anos que impacta tantos artistas incríveis foi uma grande oportunidade para noodle deixar uma marca positiva em muitas trajetórias brilhantes”, conta o fundado da Noodle e também mentor do Impulso, Igor Bonatto. 

Além disso, os vencedores também contarão com diagnóstico e planejamento personalizados do orientador do projeto, Iuri Freiberg, bolsas de estudo na Escola Música & Negócios, e encontros individuais de encerramento com a diretora da agência de marketing Jangada e mentora do projeto, Marina Mattoso. 

“A gente conseguiu bem mais efetividade em relação ao primeiro Impulso. Conseguimos fazer com que os nossos cinco artistas tivessem mais clareza em relação a como organizar a sua carreira, a partir do ponto que participaram do projeto. A gente conseguiu evoluir o processo e o programa”, conclui Iuri. 

 

 

Uma retrospectiva das fases do Impulso 2.0 

Na primeira fase (Seleção por Interesse), cerca de mil pessoas se inscreveram e participaram de um ambiente virtual gamificado com acesso a conteúdos educativos sobre direitos autorais, indústria musical e finanças, além de quizzes para testar o conhecimento adquirido. Durante dois meses, os participantes eram pontuados, na medida em que consumiam essas mídias e respondiam aos quizzes. No final desse período, a equipe da UBC fez uma seleção de 101 participantes, levando em conta a pontuação, o empenho e o potencial para desfrutar a etapa seguinte. 

“A pandemia forçou o mundo a se capacitar à distância. Para a Noodle, como uma empresa de tecnologia, alavancar o sucesso da primeira edição do Projeto Impulso através de meios digitais era o caminho mais eficiente de impactar um volume muito maior de associados. O sucesso é comprovado com números impressionantes: foram mais de 1000 associados de mais de 200 cidades que acessaram a plataforma mais de 50 mil vezes na primeira fase”, afirma Igor Bonatto. 


Iris da Selva soltando a voz na SIM SP |  Foto: Flávia Marcatti 

Na segunda fase (Seleção por Qualificação), os 101 artistas selecionados tiveram acesso à uma capacitação mais aprofundada e exclusiva, com workshops coletivos – gravados e ao vivo –, tendo como base dez temáticas ligadas aos principais desafios levantados pelos vencedores da última edição do Projeto Impulso, como Rede de Contatos/Parceria; Planejamento; Sentimentos; Participação Feminina; Discurso; Conceito/Qualidade; Marca; Produto; Valores/Recursos; Regionalismo. Para finalizar a etapa, os artistas receberam um edital com informações para inscreverem seus projetos e concorrerem a uma vaga na terceira fase. Com um aproveitamento significativo, cerca de 75% dos projetos foram entregues. 

“Foi interessante, porque foi um processo que cada vez foi aprofundando mais. Então, na segunda fase, com as mentorias coletivas, foi uma expansão do que a gente já tinha feito na primeira com informações básicas sobre direitos autorais. Pra mim, foi muito importante porque abarcou tudo o que a gente precisa ‘enfrentar’ enquanto artista independente”, relata o impulsionado amazonense, Íris da Selva.  


Victor Mus espalhando sua carioquice em terras paulistanas | Foto: Flávia Marcatti 

Dos 101, cinco foram selecionados pelo time UBC, inclusive responsáveis de todas as filiais da associação espalhadas pelo Brasil, para a terceira e última etapa (Seleção por Resultados), com base na performance e nos projetos apresentados. Os vencedores ganharam mentorias individuais, com capacitação e soluções personalizadas.  

“O maior aprendizado que eu pude ter com o Impulso foi o contato com a galera do mercado e entender um pouco mais dos processos, porque a gente vê tudo sendo feito pelas nossas produções sem saber muito para onde está indo e qual é exatamente o objetivo. Então, poder estar em contato com a galera ‘pesada’ do mercado, entender a perspectiva deles sobre a minha carreira e como eu posso usar isso ao meu favor foi a melhor coisa”, conta um dos vencedores do projeto Victor Mus. 

 

Entre os profissionais que participaram de workshops coletivos e/ou mentorias individuais, marcaram presença nomes como Renata Mader (Altafonte Brasil), Pablo Bispo (selo Inbraza – Som Livre/ Brabo Music Team), Elisa Eisenlohr (Warner Chappell), Leo Feijó (Música & Negócios), Kamilla Fialho (K2L), Luisi Valadão (Lupa Comunicação), Marina Mattoso (Jangada), Fabiane Costa (Produção Artística/Espaço Favela - Rock In Rio), Marisa Gandelman (Advogada especialista em Direitos Autorais e Ex-CEO da UBC), Pedro Seiler (Queremos!), Pedro Tourinho (MAP Brasil), Igor Bonatto e Fabiano Guimarães (Noodle), Romero Ferro (Cantor, Compositor e vencedor da 1ª edição do Impulso), Fernando Lobo (Head of Music na TV Globo) e Paula Lima (cantora e Diretora da UBC), Fernando Aranha (Head da TV Globo) , Bibi (cantora e compositora), Constança Scofield (Estúdio Toca do Bandido), Pedro Loureiro (Manager and Strategy). A UBC agradece especialmente todos os mentores que dedicaram tempo e energia para esse projeto acontecer. 

“Esse Impulso foi tão diverso. cada artista me apresentou um desafio completamente diferente, que exigia estratégia de canais completamente diferentes, planejamentos completamente diferentes, o público-alvo era específico pra cada artista... Foi muito bacana, por exemplo, com Iris da selva. A gente conseguir sentar e estruturar o tanto de informação, de riqueza, que o artista tem pra dividir, que ele tem dentro de si, e que bastava organizar uma forma dele conseguir se expressar e trazer essas informações tão ricas pra um público maior. É muito bom ser mentora do Impulso porque acaba que eu aprendo muito também”, conta Marina Mattoso, sócia-diretora da Jangada. 

 

LEIA MAIS: 76% das mulheres na música já sofreram assédio, revela levantamento da UBC 


 

 



Voltar