Instagram Feed

ubcmusica

No

cias

Notícias

Lia de Itamaracá é a homenageada do Troféu Tradições
Publicado em 22/05/2023

Cantora e compositora receberá a honraria em 6 de junho, durante show na Casa de Francisca, em SP
 
Do Rio

Responsável por sucessos como “Desde Menina”, “Meu São Jorge”, “Eu Sou Lia Minha Ciranda Preta Cirandeira”, “Dorme Pretinho”, entre outros, Lia de Itamaracá é a grande homenageada da terceira edição do Troféu Tradições. Com o objetivo de valorizar os movimentos regionais de um país tão diverso, o Prêmio será realizado na Casa de Francisca, localizada no Palacete Teresa, patrimônio histórico de São Paulo, no dia 6 de junho. O show contará com participações especiais, e toda a premiação terá transmissão ao vivo através do YouTube da UBC, às 21h30.  

A artista pernambucana, com seus 79 anos de vida, é a prova de que tudo é possível na arte. Considerada a mais célebre cirandeira do Brasil, a estrela marcou a história da cultura popular brasileira. Tida como um Patrimônio Vivo de Pernambuco, Lia será enredo de duas Escolas de Samba no Carnaval 2024: a Império da Tijuca, no Rio de Janeiro; e a Nenê de Vila Matilde, em São Paulo. No Troféu Tradições, a artista, que é Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco, receberá a honraria das mãos da cantora e compositora Paula Lima, diretora-presidenta da UBC.  

Foto: Ytallo Barreto 

Para Lia, é muito importante que essas homenagens sejam feitas em vida. Ela diz se sentir honrada em receber o troféu.

“Eu venho levando essa ciranda de Pernambuco para todo Brasil e para o mundo há 50 anos. Vou fazer 80 anos em 2024, então é muta estrada e muita história que venho trazendo na bagagem. Estou muito feliz e maravilhada com tudo isso que está acontecendo. As homenagens mostram que a minha luta valeu a pena”, afirma a artista.  


Segundo Paula Lima, a escolha de Lia vem ao encontro da proposta do Troféu Tradições: valorizar e enaltecer artistas grandiosos que são fundamentais para a música brasileira.

“A UBC acredita em música, arte e cultura. Em 2021, criamos o Tradições UBC, projeto que já homenageou mulheres potentes do nosso cenário, com suas sonoridades brasileiríssimas e atemporais. O Troféu propõe diversidade e respeito aos mais diversos gêneros. Este ano, com muita alegria, vamos homenagear a obra e a arte da essencial e única Lia de Itamaracá. O reconhecimento dela, no entanto, vai além. Em 2024, Lia completará 80 anos e também será homenageada por escolas de samba do Rio e de São Paulo. Viva a música brasileira e a grandiosa Lia de Itamaracá!”, celebra Paula. 

Nascida em janeiro de 1944, filha de um agricultor e de uma empregada doméstica, Maria Madalena, desde muito nova, sabia que queria ser uma cantora. Conhecida, hoje, como Lia de Itamaracá, seu canto potente e inconfundível, desde os anos 70, quando estreou profissionalmente no palco, entoa cirandas clássicas que embalam as danças brasileiras. Exaltando a ciranda, considerada Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, Lia sempre ousou ao quebrar as regras que comumente se aplicam aos chamados artistas da cultura popular.  
 

Foto: Ytallo Barreto
  
Antes de se tornar cantora, Lia foi cozinheira por muitos anos no Bar Sargaço, localizado na praia de Jaguaribe, uma das mais populares da Ilha de Itamaracá. A artista é considerada, por muitos, como uma embaixadora da cultura de Pernambuco. Sua voz marcante não demorou a ganhar espaços e ser reconhecida ao redor do Brasil e no mundo.   
 
Esta é a terceira vez que o Troféu Tradições homenageia uma mulher. Na primeira edição do prêmio, em 2021, a UBC premiou Anastácia, conhecida como “Rainha do Forró”. Já na segunda edição, em 2022, a homenageada foi Dona Onete, a “diva do carimbó chamegado”. 

Marcelo Castello Branco, diretor-executivo da UBC, comenta que o prêmio se confirma como um radar regional para as riquezas musicais do país, especialmente as protagonizadas pelo olhar feminino.

“Nos enche de orgulho homenagear personagens fundamentais da construção de nossa música e história. Nesta terceira edição, vamos comemorar a mais célebre cirandeira do nosso país, uma referência máxima do gênero”, afirma.

A UBC promove constantemente debates sobre a participação feminina no mercado musical, apoia iniciativas de inclusão de mulheres na cadeia produtiva e, não menos importante, dá o exemplo dentro de casa. A edição deste ano do estudo “Por Elas Que Fazem a Música” apresentou um panorama sobre o assunto dentro do cenário atual da indústria. Confira aqui

LEIA MAIS: Dona Onete é a homenageada na segunda edição do Troféu Tradições


 

 



Voltar