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Como atuará a F Records, parceria da Sony com a Favela Holding
Publicado em 26/06/2024

Festivais, oficinas, jam sessions e outras iniciativas em favelas pretendem descobrir novos talentos da música e lançar luz sobre os atuais

Do Rio

Aloysio Reis (Sony) e Celso Athayde (Favela Holding) no evento de lançamento da iniciativa. Divulgação

A parceria anunciada semana passada entre a Sony Music Publishing e a Favela Holding — conjunto de empresas baseadas em comunidades e que tem como origem a ONG Cufa, Central Única das Favelas — já poderá dar frutos nos próximos meses. Uma série de artistas novos deverá ser lançada através do recém-criado selo F Records, nomes que terão sua obra gravada, editada e difundida através da estrutura e da expertise do conglomerado japonês, responsável pela maior editora musical do mundo.

No radar do afiado time de A&Rs que o novo selo montará, na verdade, não estarão só novos nomes. Artistas já com anos de mercado, mas sem visibilidade ou oportunidades nas discográficas tradicionais, também terão a chance de mostrar seu talento. E isso se dará através dos festivais, jam sessions, oficinas e sessões de gravações que a F Records deverá promover pelo país, utilizando a enorme capilaridade que a Cufa e a Favela Holding desenvolveram ao longo das décadas em comunidades de todas as regiões.

À UBC, Marcos Pompiano, gerente de desenvolvimento de novos negócios da Sony Publishing, disse que a parceria para a criação da nova empresa (a 28ª da Favela Holding) foi um detalhado trabalho construído a várias mãos.

“Nós, como time, estamos orgulhosos e empenhados em poder transformar a realidade de pessoas que teriam um acesso mais difícil, mais complicado, para chegar ao mercado. Queremos dar luz a esses artistas da maneira mais profissional possível, para que possam ter rendimentos com a excelência da sua criatividade e tudo que ela pode gerar”, afirmou Pompiano.

Ele destacou ainda as não menos importantes implicações sociais que a inclusão de potencialmente centenas ou até milhares de novos artistas no mercado musical traz:

“(A vantagem) não é só no âmbito profissional, como autores, compositores, mas num sentido mais amplo. O que nossa indústria tão complexa pode alavancar e alterar em termos de padrões sociais?”

Celso Athayde, fundador da Cufa e diretor-executivo da Favela Holding, fez coro.

“Estamos muito entusiasmados com essa colaboração com a Sony Music. O selo F Records é mais uma ferramenta poderosa para mostrar ao mundo o talento incrível que existe nas favelas. Nossa missão é criar oportunidades e caminhos para que esses artistas possam brilhar e alcançar novos horizontes. Nosso principal objetivo é formar e gerar visibilidade para os artistas das favelas de todo o Brasil. Esta é uma iniciativa que está em pauta há muito tempo. Agora a concluímos”, descreveu o executivo.

Ainda não foi divulgado o calendário de festivais e eventos para lançar luz sobre os talentos das favelas. Mas o próprio evento de lançamento do selo F Records, semana passada, na sede nacional da Cufa, no Complexo da Penha, no Rio, foi uma declaração de intenções sobre os espaços físicos em que o novo selo deverá trabalhar. Na ocasião da estreia do projeto, o diretor-geral da Sony Music Publishing no Brasil, Aloysio Reis, foi outro a pôr foco na importância social da iniciativa.

“Acreditamos no potencial transformador da música e estamos orgulhosos de fazer parte deste projeto inovador, que une talento e impacto social”, declarou Reis na ocasião.

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