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Festival Levada 2021 estreia hoje, resumindo o 'novo normal'
Publicado em 08/12/2021

Evento unirá shows presenciais e transmissões digitais para celebrar 10 anos de existência 

Do Rio

A banda Maglore, uma das atrações desta primeira semana de festival. Foto: Duane Carvalho

 

Um evento que começa nesta quarta-feira (8) no Rio resume e simboliza este momento de volta dos shows presenciais. Criado há dez anos para promover as cenas independentes de todo o país, o festival Levada vai misturar transmissões digitais, em linha com o "novo normal", aos espetáculos presenciais para celebrar seu aniversário — projetando um futuro de novos encontros e troca entre artistas e público.

Doze shows presenciais e uma exposição sobre esta década de Levada serão replicados no canal do evento no YouTube. Os quatro primeiros espetáculos vão até sábado, no Teatro Rival Refit, na Cinelândia, centro da cidade. Os ingressos estão sendo vendidos a R$ 20, um valor pensado para estimular a volta do público presencial, essencial para a retomada.

"Os artistas e toda a cadeia da música foram muito afetados com a pandemia. As lives foram um alento, mas no mercado da música independente nada substitui o show presencial. Ficamos felizes em fazer parte dessa retomada", diz Júlio Zucca, idealizador do festival. "Nossa história tem nomes de peso que arrastam muitos fãs, como Jards Macalé, Letrux, Curumim, Mombojó, Banda Mais Bonita da Cidade, shows para os quais poderíamos cobrar caro o ingresso, pois lotariam da mesma forma. Mas boa parte dos artistas está formando o seu público. Assim, foi uma decisão desde o início cobrar ingressos baratos."

A cantora Juliana Linhares. Foto: Clarice Lissovsky

As quatro atrações desta primeira leva de shows são Carne Doce (dia 8), Juliana Linhares (dia 9), Foli Griô Orquestra (dia 10) e Maglore (dia 11). "Com a pandemia, ficou difícil buscar artistas de outras regiões pela questão do deslocamento. Procurei artistas que tivessem nascido em várias localidades, mas que estivessem morando no eixo Rio/São Paulo. Dessa forma, consegui contemplar, além do Rio e de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Rio Grande Norte e Goiás", afirma o curador do festival, Jorge LZ.

Ele destaca o papel fundamental do público para a volta à normalidade, apoiando seu artista e financiando a reconstrução do mercado. Por isso, elogiou a campanha da UBC Pague o Ingresso, pensada para conscientizar os fãs sobre sua importância neste momento. 

"Acho muito louvável a iniciativa. Além de a cadeia artística ter sido uma das mais prejudicadas do ponto de vista profissional, precisamos dar à arte a importância que ela tem. Arte é artigo de primeira necessidade e, por isso, merece ser valorizada. Apesar das dificuldades do período pandêmico, sempre lembrando que ele ainda não acabou, a classe artística cumpriu um papel fundamental para amenizar o isolamento social com uma profusão de apresentações online, num esforço hercúleo para que a sociedade mantivesse a sanidade. É mais do que justo que agora a classe seja recompensada."

Os 10 anos do Levada continuarão a ser celebrados a partir de 25 de janeiro, com mais oito atrações que ainda serão confirmadas. Os shows, então, serão no Estúdio Labsonica. no centro cultural Oi Futuro, no Flamengo, onde também será inaugurada a exposição comemorativa em 2 de fevereiro. Nela, serão relembrados momentos icônicos do evento, que abrigou, em edições passadas, shows de uns ainda iniciantes BaianaSystem, Letrux, Cris Braun e Silva. 

Os ingressos para os shows desta semana, com Carne Doce, Juliana Linhares, Foli Griô Orquestra e Maglore podem ser comprados no site da Sympla e na bilheteria do Rival. Todas as apresentações começam às 20h30. 

A Foli Griô Orquestra. Foto: João Serra

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