O evento, que aconteceu na noite do dia 20 de outubro, contou com um palco composto só de artistas mulheres, além da exibição do curta “Deixa Ela Tocar”
Do Rio
Fotos: Zéca Vieira (@ozecavieira)
Depois de duas jams com a Casa UBC cheia, a terceira edição fechou com chave de ouro a iniciativa neste ano na sede do Rio. Além da exibição do curta “Deixa Ela Tocar”, filme de Carol Crispim, A&R na UBC, com produção da Groove Lab e apoio da UBC, o evento também teve o palco comandado exclusivamente por mulheres. Em uma noite de muita celebração e empoderamento feminino, passaram por lá artistas como Carol Panesi, Marfa, Rapha Morret, Liza Lou, Taís Feijão e Nic Dias.
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O evento, com produção da Rebuliço e que se tornou um ponto de encontro para a criação de oportunidades e parcerias musicais, foi dividido em três momentos: jam session instrumental, pocket shows e palco aberto. A baixista Marfa e a violinista Carol Panesi, que participaram do doc, deram início a nossa jam instrumental com a percusionista Rapha Morret e hipnotizaram o público presente.
A jam instrumental com Rapha Morret (pandeiro), Carol Panesi (violino) e Marfa (baixo)
Para Marfa, a jam é uma ferramenta essencial para a troca e o aumento de experiências entre as musicistas:
“Eu acho que esse espaço é muito importante e revolucionário para nós, musicistas, chegarmos e podermos ter a liberdade de nos conhecermos, tocarmos juntas e trocarmos experiência. Conquistar ‘experiências’, pra nós, é sempre mais difícil nesse mercado, porque não nos dão oportunidades.”
O encontro inédito entre Marfa, Rapha e Carol deixou a violinista mais do que satisfeita:
“É uma super oportunidade de encontrar as meninas e fazer um som... Eu acho que tudo o que a gente fizer ainda é pouco pra dar visibilidade e mostrar todo o trabalho das mulheres na música, como como cantora, compositora, instrumentistas...”
Mais um registro da jam instrumental com Rapha Morret (pandeiro), Carol Panesi (violino) e Marfa (baixo)
O sorriso da Rapha Morret também não negava a satisfação em participar da UBC Jam:
“Estava ansiosa, porque não é sempre que nós mulheres, principalmente nós instrumentistas, podemos estar juntas sendo valorizadas dentro de uma Jam.”
As artistas Liza Lou, Taís Feijão e Nic Dia deixaram suas marcas em pockets shows repletos de talento e representatividade.
Taís Feijão apresentando o seu pocket show
Para a cantora, compositora e violonista carioca, Taís, que é associada desde 2013, “a UBC, nessa época contemporânea, também é evolutiva. O artista evolui e a instituição também.”
A rapper Nic Dias marcando presença na UBC Jam
“Esse formato mais íntimo da apresentação, estar ali em contato com outros artistas independentes... tudo isso me proporcionou uma experiência única. Não só por levar o rap do Norte (do país) pra UBC, mas também por estar ali sendo uma mulher preta, jovem e com toda a representatividade que eu carrego naquele palco. Isso me possibilitou um novo mundo e também, com certeza, possibilitou um novo mundo para quem estava ali me assistindo”, afirma a rapper paraense Nic Dias.
Liza Lou no palco da nossa Jam
“Que honra foi poder dividir o palco com tanta mina braba! Ver essa movimentação crescente de mulheres instrumentistas é uma das minhas maiores felicidades! Eu 'tô' amando essa iniciativa da UBC... A arte é isso: troca!”, conta Liza Lou, cantora e compositora gonçalense.
E, seguindo com o intuito de promover trocas musicais, depois de uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro, o projeto alça novos voos em outros estados do Brasil. Com uma edição já realizada em Salvador, a UBC Jam tem planos de promover conexões no mercado da música mineira e goiana. Fique ligado nas nossas redes sociais e não perca as novidades.
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