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Virada Cultural de SP recebe inédito selo de bom pagador do Ecad
Publicado em 19/05/2023

Objetivo do reconhecimento é destacar a boa atitude de quem deposita os valores corretos para distribuição aos titulares das músicas usadas

De São Paulo

Artistas, autoridades e representantes do Ecad durante o anúncio, em São Paulo. Divulgação

O Ecad anunciou esta semana que a Virada Cultural de São Paulo é o primeiro festival a receber o novo selo de bom pagador — um reconhecimento a quem deposita os valores corretos de direitos autorais de execução pública. A Virada 2023 será realizada semana que vem, nos dias 27 e 28 de maio, com público estimado de 3,5 milhões pessoas. 

A superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim, afirmou que a parceria feita com a Secretaria municipal de Cultura e a prefeitura terá um valor educativo, estimulando outras instâncias públicas e privadas a fazerem o pagamento previsto em lei. 

“É bacana ter a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria de Cultura como parceiras nessa campanha nacional que iniciamos com o lançamento do nosso selo em prol dos direitos dos criadores de música. É fundamental que responsáveis por festivais e eventos no país, inclusive os que contam com patrocínio, paguem pela música que utilizam publicamente. Também queremos convidar as empresas patrocinadoras para esse movimento. A adimplência e as obrigações legais fazem parte das boas práticas a serem seguidas por todas as empresas”, afirmou Isabel. 

A expectativa do Ecad é contemplar outros festivais, além de usuários como estabelecimentos comerciais e rádios, por exemplo, sempre, claro, que mantenham seus pagamentos em dia. A pegada da campanha de conscientização, portanto, é positiva, de distinção daqueles que entendem que o pagamento correto dos direitos garante o devido sustento de quem vive da sua música.

“O selo, pra gente, é um reconhecimento de como a gente leva o trabalho autoral e o artista a sério. Quando a gente fala em gerar políticas públicas, em especial de cultura e música, o que é tão difícil no Brasil, ter uma instituição séria como o Ecad valorizando isso, e valorizando as instituições que levam isso a sério, eu fico muito feliz”, disse a secretária municipal de Cultura, Aline Torres. 

O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, também comemorou o recebimento do selo: 

“Tudo que São Paulo faz reverbera pelo país, acaba se tornando um exemplo. É engraçado poder falar que cumprimos aquilo que tem que ser cumprido (risos). Estranho, né? Mas é importante. A gente precisa estar sempre valorizando os profissionais (da música), não só contratando-os para os eventos, mas reconhecendo o trabalho do Ecad (de distribuição de direitos autorais de execução pública).”

O selo. Reprodução/Ecad

Isabel, em vídeo gravado com o prefeito, agradeceu à prefeitura pela realização de mais uma Virada: 

“Eu sei a importância que o evento tem para a cidade, a minha cidade, para a economia, a cultura... Fico muito feliz.”

Ela elogiou o caráter descentralizado do evento, que terá palcos em diferentes bairros. Três novos palcos se somarão este ano, nas comunidades de Capela do Socorro, Parelheiros e Heliópolis. O line-up reunirá artistas do mainstream e independentes, trazendo do samba ao funk, do pop ao hip hop, passando pelo forró e sertanejo. Entre os destaques da programação estão shows de Supla, Tierry, Karol Conká Filhos da Bahia, Anavitória, Pixote, Ferrugem, Marina Sena, Dilsinho, Tássia Reis, Tiee, A Dama, Salgadinho, Victor Fernandes, BaianaSystem, entre outros. 

“Descentralizar a Virada Cultural é fazer com que a janela da COHAB de Itaquera seja o camarote da Virada Cultural, e não só a janela do COPAN (mítico prédio da Praça da República, local que, por anos, abrigou exclusivamente o evento)”, disse a secretária Aline Torres. “Este ano, a periferia estará ainda mais presente.”

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