“Você diz que o meu samba é plágio”, de Rodrigo Moraes e Juca Novaes, reúne disputas reais por autoria e análises jurídicas em linguagem acessível, lançamento acontece em 23 de abril na UFBA
Do Rio
No dia 23 de abril, será lançado em Salvador o livro “Você diz que o meu samba é plágio: histórias de plágio (ou não) na música popular brasileira”, dos advogados autoralistas Rodrigo Moraes e Juca Novaes. A publicação apresenta casos marcantes de disputas por autoria na história da música brasileira, analisados à luz do Direito Autoral.
O evento de lançamento será realizado na Sala da Congregação da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a partir das 17h. A data também marca o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, e integra a programação comemorativa pelos 134 anos da Faculdade de Direito da UFBA, uma das mais antigas do país.
Publicado pela Edufba, com 390 páginas, a obra traz uma seleção de episódios reais envolvendo alegações de plágio, acusações equivocadas e conflitos autorais. As histórias, organizadas em ordem cronológica de 1929 a 2024, são acompanhadas por análises jurídicas embasadas, mas escritas em linguagem clara, voltada não apenas para advogados, mas também para músicos, compositores, produtores, jornalistas e interessados em música e direitos autorais.
Rodrigo é advogado autoralista, professor de Direito Autoral da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia com doutorado na USP. Juca Novaes é . Ambos são diretores da Associação Brasileira de Direito Autoral (ABDA), com décadas de atuação na advocacia no setor dos direitos autorais, com diversos estudos e livros já publicados.
Juca Novaes, advogado autoralista e coautor do livro "Você diz que meu samba é plágio". Foto: Carlos Torres
De acordo com Juca Novaes, coautor do livro, advogado autoralista e integrante de órgãos internacionais de defesa do direito de autor, como o Ciam (International Council of Music Creators) e a Alcam (Alianza Latino-americana de Autores):
“O importante é que o livro não é dirigido apenas a advogados e operadores do Direito, mas principalmente ao leitor que gosta de cultura, de música, de história. Os casos de plágio narrados abrangem mais de um século de música brasileira, indo de Sinhô, um dos pioneiros do samba, até Emicida e Anitta. Ao contarmos detalhes sobre dezenas de casos de plágio (ou não-plágios, como diz o título do livro), estamos na verdade fazendo um grande passeio histórico pela música popular brasileira.”
.jpeg)
Rodrigo Moraes, advogado autoralista e coautor do livro "Você diz que meu samba é plágio". Foto: Dominique Meirelles
Rodrigo Moraes, também coautor do livro, complementa:
“É um livro em que evitamos o juridiquês. O compositor e a compositora podem ler e aprender sobre Direito Autoral através de mais de oitenta histórias interessantes. Estou muito feliz com o resultado da pesquisa. Acredito que o Direito Autoral precisa ser sempre traduzido para o público interessado, o autor, a célula embrionária de todo o ecossistema autoral. Dá para aprender e se divertir ao mesmo tempo.”
Durante o lançamento, haverá uma mesa redonda com a presença do compositor baiano e diretor da UBC, Manno Góes, além de outros autores baianos como Alfredo Moura, Gerônimo Santana, Marcelo Timbó, Paquito e Tatau, que compartilharão suas experiências e reflexões sobre o tema.
LEIA MAIS: Disparada nos preços de regravação acende debate no mercado
English