Ana Cañas, Marcelo Jeneci, Joyce Moreno, Mahmundi, Letrux, Suricato e outros estão na programação, a partir desta quinta (18)
De São Paulo
Os artistas que estarão no festival. Créditos: Marcus Steinmeyer, Elisa Maciel, André Rola, Isabela Espindola, Clarice Lissovsky, Elisa Mendes, Bruna Latini, Roma Joanna, Hugo Sá, Marcelo Quiñónez, Lorena Dini e Alexandre Landau
O público paulistano terá a chance de vivenciar algo raro, desta quinta (18) a domingo (21): encontros inéditos entre artistas que se unem para criar um show exclusivo, pensado para existir apenas naquela noite. Esse é o espírito do Festival Dupla de Três, que desembarca na Caixa Cultural São Paulo com apresentações gratuitas e uma proposta de celebrar a canção brasileira em sua forma mais pura.
O conceito é simples, mas potente. A cada noite, dois artistas de novas gerações recebem um nome consagrado para, juntos, formarem a “dupla de três” — um trio inédito, sem banda de apoio, que se apresenta apenas com seus próprios instrumentos. O resultado é uma experiência intimista e imprevisível, onde o público acompanha de perto a troca entre músicos de diferentes trajetórias. Protagonizando esses momentos, Marcelo Jeneci, Tiê e Joyce Moreno (18); Mahmundi, Cícero e Letrux (19); Juliana Linhares, Vanessa Moreno e João Cavalcanti (20); e Suricato, Ana Cañas e Zé Renato (21).
A curadoria é de Fabiane Pereira, jornalista e apresentadora, que vem se destacando por criar espaços de diálogo para a música no rádio, na TV e nas redes sociais.
“O festival me permitiu unir duas paixões: a escuta atenta e a curadoria afetiva. É emocionante perceber como artistas de gerações e estilos diferentes se completam no palco e constroem juntos algo que é maior do que cada um deles. Acredito que a música brasileira é feita de encontros. E esse projeto é justamente isso: abrir espaço para que diferentes vozes conversem, se descubram e surpreendam o público. É um privilégio poder costurar essas histórias como curadora", diz Fabiane à UBC.
Além de criar pontes entre gerações, Fabiane reforça que a ideia é valorizar quem constrói sua arte com autonomia.
“Queremos reconhecer quem canta e toca, quem carrega sua arte nas próprias mãos, e criar momentos únicos, que só existem quando três mundos se encontram num mesmo palco.”
Joyce Moreno, referência da música brasileira desde os anos 1960, abre o festival ao lado de Marcelo Jeneci e Tiê. Ela descreve seu entusiasmo por esse show:
“Marcelo Jeneci e Tiê estão no meu radar faz tempo, são dois jovens e talentosos artistas, com quem vou ficar muito feliz em trocar sons e experiências. Aguardando com alegria este encontro!”
No dia seguinte, o palco recebe três vozes da música contemporânea carioca: Mahmundi, Cícero e Letrux. Esta última adianta que o clima deve ser de celebração:
“Estou muito animada para participar do evento, com dois artistas cariocas que eu admiro imensamente. Cícero e Mahmundi fazem parte da minha história musical. Crescemos juntos, eu um tiquinho antes, mas sempre nos esbarrando em shows e festivais, estrada afora. Gosto das suas composições, suas letras… Acho que vamos armar uma bagunça gostosa e astral!”
O sábado será dedicado às trocas entre Juliana Linhares, Vanessa Moreno e João Cavalcanti. E o encerramento do festival fica por conta de Suricato, Ana Cañas e Zé Renato, um dos fundadores do grupo Boca Livre, que celebra cinco décadas de carreira e mais de vinte álbuns solo. O cantor e compositor considera o convite uma honra:
“Foi uma honra receber o convite da Ana e do Rodrigo, artistas da nova geração que admiro muito, com quem terei o prazer de dividir o palco pela primeira vez.”
Para o público, a proposta é mais do que assistir a um show — é presenciar algo único, que não se repetirá. Com apenas 120 lugares disponíveis por noite, a experiência é próxima e calorosa. Os ingressos são gratuitos e distribuídos uma hora antes de cada apresentação, limitados a um por pessoa.
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