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Cinco dicas para elaborar um bom edital
Publicado em 23/01/2019

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Convocatórias de patrocínio cultural são opção eficaz para pôr em pé seu projeto musical; especialista dá conselhos fundamentais antes de fazer uma inscrição 

De São Paulo

Editais de patrocínio cultural são uma opção eficaz, e subexplorada, para pôr em pé um novo projeto musical, encontrar financiamento para um show/turnê e conseguir um espaço nobre para mostrar sua arte. Lançam convocatórias com regularidade empresas públicas como Petrobras, Banco do Brasil (através, principalmente, do Centro Cultural Banco do Brasil, com unidades no Rio de Janeiro e em Brasília, São Paulo e Belo Horizonte), Caixa e BNDES, governos estaduais e prefeituras de grandes capitais, instituições como Sesc e Sesi e uma infinidade de companhias privadas (Natura e Oi entre elas).

O BNDES está com seu edital 2019 aberto. Até o próximo dia 7 de fevereiro é possível participar da seleção de projetos que ocuparão o Auditório da instituição no Centro do Rio de Janeiro. 

Por conta disso, falamos com Thais Bernardini, diretora da produtora A Ponte Produções, especializada em música e que oferece soluções e consultoria para a elaboração de projetos culturais na área. Ela elencou cinco conselhos fundamentais na hora de criar um projeto, dicas úteis que poderão ajudar você a avançar nesse tipo de seleção e, assim, conseguir um desejável financiamento. 

  • 1 - Estude a empresa patrocinadora/apoiadora

       É muito importante conhecer a missão da empresa, pesquisar sua história, os projetos que já foram aprovados ou estão em andamento... A partir daí, será possível elaborar uma proposta coerente. “É fundamental se colocar nos dois lados e fazer a si mesmo as perguntas 'meu projeto dialoga com o que a empresa deseja? Eu me enquadro artisticamente?' Se a resposta for sim, então é hora de dar início à elaboração da proposta”, ensina Thais.

  • 2 - Conheça o sistema

       Antes de mais nada, faça o cadastro e veja item por item que informações/textos/documentos são necessários para a inscrição. Faça um chek list fora do sistema, preencha tudo num arquivo word, por exemplo, e, só depois de tudo preenchido, comece a subir as informações no sistema. “Em alguns editais você pode salvar e continuar depois, em outros não... Então, esse material será MUITO importante durante o processo”, comenta a especialista. Outra dica de ouro é conferir quantos caracteres você pode usar em cada espaço, assim economiza um tempo precioso e já faz tudo no padrão solicitado pelo edital.

  • 3 - Uma boa apresentação é tudo!

      Ter um book bem apresentável, com os releases completos, fotos bacanas, links para vídeos e áudios pode ajudar muito no complemento da proposta. Como lembra Thais, é vital ter este material pronto para qualquer edital/ocasião, já que ele pode ser enviado a mais de uma convocatória e é um cartão de visitas. Você pode elaborar usando o power point, por exemplo, salvar na nuvem (Dropbox, Google Drive) e usar o link quando necessário. Nos editais, geralmente há espaço para links/materiais complementares. Isso ajuda muito, pois nem sempre é possível inserir todas as informações nos espaços correspondentes dos formulários on-line dos editais. 

  • 4 - Documentação

      Leia atentamente TUDO que é necessário para, inicialmente, inscrever o projeto. “É legal ter um chek list somente da documentação, vai te ajudar a organizar toda a proposta! É de praxe solicitarem RG, CPF e comprovante de residência do proponente e dos artistas, certidões negativas e outros documentos. No caso das certidões, é bacana providenciar já no início, pois nem todas estão disponíveis na internet e requerem um prazo para serem emitidas e liberadas.” Confira também a necessidade ou não de reconhecer firma de algum documento ou da assinatura da proposta final. Lembrando que o convocador pode recusar sua proposta já na primeira fase caso haja algum documento divergente. 

  • 5 - Pé no chão!

      Não elabore um projeto inviável de ser executado, ou que não tenha absolutamente nada a ver com o que o edital solicita. Pense bem na equipe técnica, pois é importante para quem patrocina saber que aquela proposta será realizada por pessoas capacitadas para fazê-lo, principalmente a produção executiva, que vai ser o elo entre artista e empresa. A planilha deve seguir o mesmo pensamento: é fundamental elaborar uma planilha coerente, considerando todos os itens da sua proposta e também que os cachês devem ser justos. “Nada de superfaturar, pensando que um edital vai salvar a sua carreira, não!”, brinca Thais. “Os editais são financiadores do seu projeto, seja ele um show, uma tour, um disco, nunca um aporte que vai 'bancar' sua carreira durante um tempo.”

 

 

 


 

 



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