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Morre Armando Manzanero, compositor e presidente da SACM mexicana
Publicado em 28/12/2020

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Vítima da Covid-19, artista de 85 anos era um dos criadores mais destacados do seu país e recebe homenagens lá fora e aqui no Brasil 

Do Rio

Astro do bolero e da música romântica latina, o cantautor mexicano Armando Manzanero morreu nesta segunda-feira (28), aos 85 anos, vítima da Covid-19. Também presidente da Sociedad de Autores y Compositores de México (SACM), era um dos criadores mais destacados do seu país, com sucessos mundiais como “Esta tarde vi llover”, “Contigo Aprendí”, “Adoro”, “Voy a Apagar La Luz”, “Esperaré”, “Mía” e “La Media Vuelta”, entre dezenas de outros, gravados no Brasil, por exemplo, por Elis Regina e Gal Costa. Escritor e crítico musical mexicano, o jornalista Carlos Monsiváis definiu Manzanero como um dos mais singulares artistas da música do seu país, dono “de uma voz inesperada, sem o ímpeto decorativo dos tenores”, mas capaz de captar todas as atenções e transmitir a emoção da letra como poucos.

Manzanero sucumbiu à doença depois de nove dias internado num hospital na Cidade do México. Homenageado por grandes nomes da música em todo o mundo, logo depois de anunciada a sua morte, Mananzero, que em 2014 ganhou o Grammy pelo conjunto da sua obra (além da versão latina do prêmio em duas ocasiões), também foi celebrado pelo presidente do seu país. Andrés Manuel López Obrador afirmou que o cantautor “era um homem do povo, um grande compositor e representante dos músicos mexicanos.”

No Brasil, o presidente da UBC, Paulo Sérgio Valle, foi um dos que se somaram às homenagens: “A música perdeu hoje um de seus maiores compositores de todos os tempos. E, também, um homem sempre atento às questões do direito autoral. Por certo, as músicas de Armando Manzanero continuarão eternamente vivas.”

Geraldo Vianna, diretor administrativo financeiro da UBC e compositor muito próximo ao mundo da criação latino-americana, fez eco: “Um dia triste. A partida de Armando Manzanero nos deixa um vazio muito grande. Além de compositor, intérprete e pianista, ele foi um exemplo para os artistas por sua simplicidade e alegria incontidas ao lidar com a música e as pessoas. Um batalhador pelos direitos dos autores, sempre ressaltou a importância do equilíbrio entre a criatividade e a consciência dos direitos autorais. Perdemos um grande homem, um grande músico.”

A última aparição pública do artista foi em 11 de dezembro, em sua cidade natal, Mérida, no estado de Yucatán, onde inaugurou o Museu Casa Manzanero. Poucos dias depois, foi internado com Covid-19 e intubado. O governo mexicano planeja uma série de homenagens ao compositor, que fez da criação musical o eixo central da sua vida. “Para mim, compor é como respirar”, resumiu seu labor, numa entrevista, há uns anos. 


 

 



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