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O que é uma editora musical?
Publicado em 02/09/2021

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Entenda a função e a importância das editoras na indústria fonográfica

Por Akemy Morimoto, do Rio

No mercado musical, existem muitos detalhes que merecem atenção do compositor. Além de escrever uma boa letra e produzir uma excelente melodia, é preciso publicar, cadastrar-se em uma associação, administrar e editar a obra — dentre outras dezenas de tarefas. Para um artista independente, com um repertório ainda pequeno, mas com vontade de aprender sobre a indústria fonográfica, é viável tomar todas as funções para si. Mas, quando se trata de um compositor com centenas de obras ou que não tem interesse em se aprofundar em outras áreas, as editoras podem ser uma opção, no mínimo, interessante. 

As editoras são uma ponte importante do ecossistema musical. Elas têm o papel de divulgar, promover e administrar as obras de um autor. Ou seja, atuam em todas as áreas que exigem a cobrança e o controle dos direitos do compositor. Em geral, a editora é responsável pela reprodução no digital, pela sincronização e pela reprodução de letras com a garantia da devida administração e proteção dos direitos gerados pelas obras. Já os direitos de execução pública ficam a cargo do Ecad e das sociedades de gestão coletiva, como a UBC.

Apesar da não obrigatoriedade em assinar com uma editora e das funções burocráticas desempenhadas por elas, essas empresas se destacam por assumirem um papel estratégico e decisivo no desenvolvimento das carreiras dos compositores. As editoras podem ajudar a impulsionar a sua música, como entrar em trilhas sonoras de filmes, novelas e participar de campanhas publicitárias. Além disso, elas cumprem um ofício muito importante na distribuição dos direitos autorais no digital, já que representam 9% dos direitos de reprodução de plataformas, como acontece no Spotify, por exemplo.

Dentro deste nicho musical, existem companhias de produção e distribuição de música gravada com tamanhos e focos variados. O A&R Manager na Sony Music Publishing — editora que administra o catálogo de artistas como Milton Nascimento, Gilberto Gil, Dennis DJ —, Michel Jamel, conta que a busca por novas oportunidades, projetos, receitas e canais, tanto para as novas composições quanto para as obras de catálogo, são constantes:

“Faz parte do nosso dia a dia apresentar as obras de nossos compositores para artistas que estão desenvolvendo repertórios, buscar espaços em trilhas sonoras e trabalhar extensivamente junto às agências de publicidade, com o objetivo de viabilizar sincronizações das obras em campanhas.”

O relacionamento criado pelas editoras é um fator importante para que a sua música consiga ser promovida e visibilizada nos mais diversos veículos. Para Michel, um grande diferencial da Sony Music Publishing é a “cumplicidade que existe entre o trabalho da editora e dos coirmãos da Sony Gravadora”, o que possibilita “uma maior abertura de portas” para os compositores da empresa.

Já para Constanc¸a Scofield, Music Supervisor e diretora arti´stica na editora independente Toca do Bandido —  responsável pelo catálogo de artistas como Chal, The Baggios, Facção Caipira e Chico Chico —, o grande diferencial da empresa é a possibilidade de aconselhar e direcionar artisticamente e estrategicamente desde a composição, “como uma editora de livros”.

“A edição de uma obra lítero-musical, para nós, é um ato jurídico que permite experts da área, com bons relacionamentos no mercado, colaborarem com o compositor na gestão, exploração comercial e proteção desta composição, tanto no aspecto moral quanto patrimonial”, diz Constança.

O QUE É UMA SUBEDITORA?
A subeditora é a representante do editor original das obras de um determinado titular em países onde a editora não está. Ou seja, é uma editora local que possui contrato de licenciamento com a editora do país de origem da obra e está apta a fazer a gestão dos direitos autorais gerados em território nacional. Elas são uma ponte importante, por exemplo, para ter a autorização de uma obra original para produzir uma versão. 

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QUAL O PAPEL DA EDITORA NO CADASTRAMENTO E NA DISTRIBUIÇÃO DOS DIREITOS DE EXECUÇÃO PÚBLICA DE UMA OBRA?
Após se filiar à UBC, caso suas obras estejam sob responsabilidade de uma editora, ela será a encarregada pelo cadastramento das mesmas na UBC. Quando se trata da distribuição dos direitos de execução pública, além do custo de administração do Ecad, de 10%, e das associações, de 5%, a quantia é dividida entre os titulares dos direitos da obra, que são os autores e, se houver, a editora e o versionista. A participação do autor, da editora e do versionista é definida por contrato, e não há nenhuma regra pré estabelecida. 

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