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Amado Batista bomba no YouTube com 3 bilhões de acessos
Publicado em 17/02/2019

Vídeos das canções do premiado cantor romântico, com 43 anos de carreira e 68 de vida completados neste domingo (17), o colocam entre os mais populares do mundo; agora, ele ganhará uma cinebiografia

De São Paulo


Século XX: Quase 25 álbuns gravados, 36 milhões de cópias vendidas, 28 discos de ouro, 28 de platina e um de diamante, centenas de músicas compostas, uma legião de incontáveis milhões de fãs. Século XXI: três bilhões de acessos a seus vídeos e canções no YouTube (com mais de meio milhão de seguidores no seu canal oficial), dezenas de milhões em outros serviços de streaming, como Spotify (onde tem mais de 200 mil novos ouvintes a cada mês) e 15 discos lançados. O elo entre esses dois momentos é Amado Batista, 68 anos de vida completados neste domingo (17) e 43 de carreira, transitados entre o sertanejo e a música romântica — uma história inegável de sucesso e carinho do público que ele refunda agora em sua nova relação com a Som Livre. 

Um novo disco, com os maiores sucessos da sua trajetória e algumas composições inéditas, está no forno, assim como uma cinebiografia. Amado quer se aproveitar do seu enorme sucesso nos canais digitais — que, segundo a sua gravadora, o coloca como o 12º artista mais reproduzido por streaming no mundo — para monetizar. “Pessoas alheias e minhas antigas gravadoras estão monetizando. A Som Livre e eu temos um plano de concentrar tudo isso no meu canal”, ele conta neste papo por telefone a partir de Goiânia, onde vive há anos.

Os números generosos que colheu na era da indústria musical analógica e estes igualmente impressionantes da nova era digital mostram que ambos universos, tidos como separados, para você se misturam... 

Não me surpreendem (as cifras de visualizações). Surpreendem às pessoas que não têm conhecimento da minha carreira. Quando eu fui para a Som Livre, os jovens que estavam lá não acreditavam que isso acontecesse comigo. As pessoas têm preconceito com o que é popular. Nosso país, infelizmente, é assim. O cara vê o Silvio Santos e, depois, comenta o programa dizendo que foi a mãe que viu. Com os Beatles ou o Elton John ninguém tem preconceito. E a música romântica deles é parecida com a minha. 

O sucesso nas redes, no streaming, o fez se interessar por acompanhar os números, os dados de acesso?
De vez em quando eu olho para ver como é que está. Faz seis meses que atingimos os três bilhões. Por enquanto, não engordou muito o meu rendimento. É coisa muito nova. A gente tem que colocar mais coisas no canal para monetizar. Pessoas alheias e minhas antigas gravadoras estão monetizando. A Som Livre e eu temos um plano de concentrar tudo isso no meu canal. 

Essa fase tão brilhante no YouTube, com o consequente novo olhar sobre a sua obra, lhe trouxe algum fruto prático? Alguma parceria? Algum projeto novo?
Vou fazer um disco agora gravando meus maiores sucessos, “Meu Ex-Amor”, “Princesa”, “Folha Seca”, coisas que estão sendo usufruídas em canais alheios e das minha antigas gravadoras. Mas o mais legal é que vai ter um negócio muito importante na minha vida, que eu jamais pensei que aconteceria: um filme sobre a minha carreira, feito pelo Jayme Monjardim. O roteirista, o Victor Navas, eu conheço há muitos anos. O Jayme abraçou a ideia, e o projeto está de vento em popa. É possível que, além do filme, também haja uma apresentação em três episódios pela Globo, contando toda a minha vida, do início aos discos de platina e diamante.  

O número de sucessos e prêmios é muito grande...
Gravei 460 músicas, metade minha, metade (escrita) com Reginaldo Sodré, José Fernandes. A maioria está lá entre as mais assistidas... A ideia da Som Livre é gravar (o disco) no final do mês ou começo de março. E lançar depois do carnaval.

E shows? Alguma novidade?
Meus shows não mudam nada. São sempre iguais. A gente vai alternando as músicas. A turnê atual é a do disco de 40 anos de carreira, lançado em 2016. Tenho viajado o país inteiro apresentando os 17 sucessos e as três inéditas que lançamos em CD e DVD. 

Essa fase tão cheia de êxitos é uma resposta a uma certa crítica que torcia o nariz para o seu trabalho?
Não é resposta para ninguém. Só me honra pessoalmente. A crítica (romântica e sertaneja) sempre me tratou muito bem. É o crítico de MPB quem, às vezes, tem visão distorcida do que é o popular no país. Ele vive de falar mal. O Roupa Nova foi vítima de preconceito. Isso não me incomoda. Só fico triste por ver gente mal informada falar bobagem às vezes, querendo reforçar sua intelectualidade diminuindo os outros. Mas não me importo. Aconteceu comigo muito mais do que eu poderia imaginar. Estou coroando uma vida e uma carreira que me trouxeram tanta coisa. Vou ganhar até filme! (risos) Agradeço demais. 


 

 



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