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Sony dispensa autores de pagar adiantamentos feitos antes dos anos 2000
Publicado em 16/08/2021

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Com a pandemia e após manifestação do parlamento britânico, a iniciativa tem o objetivo de auxiliar artistas e proporcionar maior fluxo de receita para o setor

Por Akemy Morimoto, do Rio

No mês passado o parlamento britânico recomendou o ‘reset’ completo do streaming. Dentre as sugestões da comissão, estava a necessidade de as gravadoras e editoras cancelarem os saldos não recuperados da era pré-streaming para garantir que mais artistas começassem a receber royalties sem descontos. A Sony Music Entertainment (SME) sai na frente e lança uma nova iniciativa que prioriza a transparência com os criadores em todos os aspectos do desenvolvimento musical, chamada “Artists Forward”. Uma extensão importante do projeto cria mais oportunidades de pagamento e proporciona alívio em meio à pandemia para compositores e todos os criadores.

Com a iniciativa, todos os autores que tiveram adiantamentos feitos antes dos anos 2000 – que não voltaram a pegar novos valores posteriormente e que não recuperaram estes saldos – serão liberados da obrigação. Compositores que tomaram outros adiantamentos a partir do ano 2000 não estarão aptos para o benefício. A decisão se aplica retroativamente a 1º de janeiro de 2021. 

Por meio do “Legacy Unrecouped Balance” e da distribuição de royalties sem abatimentos para quem for elegível, a Sony espera aumentar a capacidade para artistas que se qualificam. Ao cancelar os descontos feitos nos royalties de compositores que não recebem nenhum rendimento de gravação pelo streaming, o programa também proporciona o fluxo de receita para o setor.

“Imagina você fazer uma música que tem sucesso hoje e ter que pagar uma dívida que foi contraída antes dos anos 2000, através de um adiantamento? Em alguns casos, essa ajuda pode ser importante. Nós vamos fazer o que chamamos de ‘write-off’, ou seja, a dívida do autor com a companhia não vai mais existir”, conta o diretor da Sony Music Publishing Brasil, Aloysio Reis.

A empresa afirma que está em processo de levantamento de dados e que ainda não há o cálculo de quantos autores serão beneficiados, mas ressalta que os compositores qualificados serão notificados individualmente.

A iniciativa coincide com o ‘boom’ do streaming mundial, que, segundo o Global Music Report da IFPI, gerou US$ 13,4 bilhões em receitas no ano passado. Mesmo que grande parte das músicas executadas atualmente corresponda a lançamentos feitos em menos de 21 anos, ou seja, depois da virada do milênio, o projeto é um passo importante para o mercado musical.

 

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