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Djavan: mais uma poderosa mensagem política
Publicado em 15/10/2018

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Cantor, compositor e músico alagoano se soma à onda de grandes criadores brasileiros que pedem reflexão e ação em meio ao conturbado panorama pré-eleição

Do Rio

Foto de Nana Moraes

Em resposta à cacofonia das amargas discussões políticas, das agressões nas ruas, das notícias falsas nas redes sociais, música. Mais um grande compositor brasileiro dá seu quinhão para o debate sobre o estado do país e do mundo e lança uma canção-manifesto que conclama à reflexão e à ação. É Djavan, com o recém-lançado single “Solitude”, primeira das faixas do seu próximo álbum, “Vesúvio”, que sai pela Sony Music/Luanda Records no próximo mês de novembro. A batida pop ditada pelo violão do cantor, compositor e músico alagoano abre a música, que traz uma série de mensagens potentes que os dois polos enfrentados nesta turbulenta eleição precisam escutar.

LEIA MAIS: Em meio ao caos político, a música pede passagem com Nando Reis, Gilberto Gil e Paulinho Moska

“Quanta dor/ Muita dor/ Parece tarde/ Falar de amizade/ Ver com o coração/ E desse jeito/ Reparar defeito/ Estendendo a mão”, canta Djavan num trecho do manifesto, que expõe a destruição das guerras — as reais e as metafóricas, como a que vivemos. “Amor em queda/ Mesmo tal moeda/ Perde cotação/ Um mundo louco/ Evolui aos poucos/ Pela contramão”, ele prega em outra parte. E convoca: “Quem é que sabe/ O quanto lhe cabe/ Dessa solitude?/ Por isso a hora/ De fazer é agora/ Tome uma atitude.”

“Estamos vivendo um momento de grande incerteza no Brasil e no mundo, tudo é complexo, confuso e nebuloso. Estou apreensivo com o futuro, todas as possibilidades são complicadas”, analisa Djavan, que faz alusão não só ao ódio perigoso da extrema-direita e ao rancor da esquerda que se enfrentam no segundo turno das eleições brasileiras mas ao avanço dos extremistas xenófobos na Europa e nos Estados Unidos e aos conflitos bélicos ativos em lugares como a Síria. “O erro invade/ Tudo o que é cidade/ Cai na imensidão/ Guerra vende armas/ Mantém cargos/ Destrói sonhos/ Tudo de uma vez”, denuncia o artista. 

A ideia de lançar o single agora, semanas antes da chegada do álbum, não foi gratuita. Com “Solitude”, Djavan espera poder contribuir para a necessária pacificação dos ânimos no Brasil nestes dias que antecedem a decisiva escolha do próximo presidente da República. Para isso, ele convocou históricos parceiros, como o guitarrista Torcuato Mariano e os pianistas Paulo Calazans e Renato Fonseca, e dois músicos novos, o baixista Arthur de Palla e o baterista Felipe Alves, para formar a banda que deu cara e som ao seu 24º disco de carreira. 

VEJA MAIS: O clipe oficial de “Solitude”

 

Confira a letra do primeiro single:

Solitude

(Letra e música de Djavan)

 

Amor em queda

Mesmo tal moeda 

Perde cotação 

Um mundo louco 

Evolui aos poucos 

Pela contramão 

O erro invade 

Tudo o que é cidade 

Cai na imensidão 

Guerra vende armas 

Mantém cargos 

Destrói sonhos 

Tudo de uma vez 

Sensatez

Não tem vez 

Vidas fardos 

Meros dados 

Incontáveis casos 

De desamor 

Quanta dor 

Muita dor 

Parece tarde 

Falar de amizade 

Ver com o coração 

E desse jeito 

Reparar defeito 

Estendendo a mão 

Guerra vende armas 

Mantém cargos 

Destrói sonhos 

Tudo de uma vez 

Sensatez

Não tem vez 

Vidas fardos 

Meros dados 

Incontáveis casos 

De desamor 

Quanta dor 

Muita dor 

Quem é que sabe 

O quanto lhe cabe 

Dessa solitude? 

Por isso a hora 

De fazer é agora 

Tome uma atitude. 


 

 



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