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Nova edição do debate global ResiliArt, da Cisac, tem participação de Anitta
Publicado em 14/05/2020

Estrela brasileira se junta a time de especialistas de várias áreas das indústrias culturais, e de diferentes países, para refletir sobre o que virá depois da epidemia de Covid-19

De Paris*

Em mais uma ação do projeto ResiliArt, uma iniciativa da Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores (Cisac) e da Unesco para debater soluções para as indústrias criativas em meio à maior paralisação de produtos e serviços culturais em décadas, a cantora Anitta (foto) se juntou na manhã desta quinta-feira (14) a um debate global. A estrela brasileira aportou reflexões sobre o setor artístico e os passos que deverão ser dados nas próximas semanas para voltar a pôr a roda da cultura para girar.

"A coisa mais importante a dizer, primeiramente, é que muita gente na sociedade, quando ouve as palavras cantor, compositor, pensa em algo glamouroso. Muitos pensam que esse mundo está composto só de artistas e compositores ricos. O que talvez não saibam é que uma parte enorme desse universo é integrada por pessoas que estão começando, que trabalham nos bastidores", disse Anitta, abrindo sua intervenção. "É fundamental que os governos de todo o mundo tenham partes de sua administração dedicadas a pensar nos artistas, nos criadores de cultura. As pessoas estão trancadas em casa, precisando de diversão e cultura. É obrigação das administrações públicas pensar em como estimular os criadores de cultura a continuar a fazer o que têm feito, oferecer alternativas às pessoas, sem precisar se preocupar em lutar contra suas necessidades financeiras."

Junto com Anitta, estiveram presentes no debate de mais de 1h45 de duração Pascal Rogard, diretor-geral da Sociedade de Autores e Compositores Dramáticos (SACD), da França; Fouzia Saeed, diretora-geral do Conselho Nacional das Artes do Paquistão; Cheick Oumar Sissoko, secretário-geral da Federação Pan-Africana de Cineastas; Mohamed Saif Al-Afkham, presidente do Instituto Internacional de Teatro, representando nações árabes; Ferne Downey, presidente da Federação Internacional de Atores; e Jana Vozárová, diretora-geral da sociedade de autores Lita, da Eslováquia.

Todos eles exaltaram o papel dos criadores de cultura como agentes de esperança para tempos difíceis. E, unanimemente, apoiaram iniciativas governamentais que já vêm sendo adotadas para proteger as indústrias culturais e criativas, potencial motor para a saída da crise.

VEJA MAIS: O debate, na íntegra, em inglês

"Anitta, do alto de seus 27 anos, é uma artista do seu tempo. Criativa, empreendedora voraz, não se omite nem se submete. Procura seu espaço com propriedade e identidade e, com isso, libera oxigênio inspirador para muitos outros de sua classe", elogiou Marcelo Castello Branco, presidente do Conselho de Administração da Cisac e diretor-executivo da UBC, após a intervenção da estrela no debate. "O Brasil e o novo mundo de hoje e amanhã precisam de vozes e ativistas que abrem novos caminhos e reabrem sem rancor velhas contradições, na busca de mais justiça social e uma nova ordem das coisas. Em nome da UBC e da Cisac, agradecemos sua importante participação no evento de hoje, em valente representação de todos os artistas da América Latina."

A live desta quinta-feira foi a terceira grande ação do ResiliArt que, desde a sua estreia, em 15 de março, Dia Mundial da Arte, reuniu grandes nomes do audiovisual e da música, além de ministros da cultura de mais de 140 países para oferecer soluções e saídas para a enorme crise do setor cultural decorrente da paralisação da atividade econômica. A ideia é engrossar um documento-guia de ações que será enviado a legisladores e representantes governamentais de diferentes nações, a fim de mitigar os multimilionários prejuízos financeiros aos autores.

*Com informações da Cisac


 

 



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